Redação Pragmatismo
Racismo não 15/Set/2020 às 18:42 COMENTÁRIOS
Racismo não

Youtuber Júlio Cocielo vira réu em processo por racismo

Publicado em 15 Set, 2020 às 18h42

Youtuber Júlio Cocielo vira réu acusado de racismo por postagens feitas durante 6 anos. O jovem, que chegou a pedir desculpas por um dos comentários, tem 10 dias para apresentar defesa

Cocielo racismo
Júlio Cocielo

Júlio Cocielo, youtuber de 27 anos, se tornou réu na Justiça de São Paulo sob acusação de racismo. A juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público. Caso seja condenado, a pena é de dois a cinco anos de prisão.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, a acusação envolve postagens feitas em redes sociais entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018.

Um dos comentários de maior repercussão foi feito em junho 2018. Na época, Cocielo disse que Kylian Mbappé, jogador de futebol francês, “conseguiria fazer arrastões top na praia”. Após ser criticado pelos comentários e perder seguidores, Cocielo divulgou um vídeo pedindo desculpas.

A denúncia foi apresentada pela promotora Cristiana Steiner, que entendeu que “Cocielo praticou e incitou a discriminação e preconceito de cor por meio de comentários publicados em seu perfil no Twitter”.

Em um dos comentários, o youtuber afirmou que “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.

Em outra postagem, ele escreveu: “Por que o Kinder ovo é preto por fora e branco por dentro? Porque se ele fosse preto por dentro o brinquedinho seria roubado, KKK”. O youtuber ainda disse: “nada contra os negros, tirando a melanina…”.

Para a promotora, os comentários de Cocielo “reforçam os estereótipos contra os negros numa mídia de largo alcance, sua atividade profissional e sua fonte de renda, contribuindo de modo eficaz para a incitação e proliferação do racismo e de todas as suas consequências psíquicas, sociais, culturais, econômicas e políticas”.

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