Redação Pragmatismo
Notícias 02/Set/2020 às 17:21 COMENTÁRIOS
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Médica picada por cobra em cachoeira tem 70% das vias aéreas comprometidas

Publicado em 02 Set, 2020 às 17h21

Médica picada por cobra durante banho em cachoeira tem 70% das vias aéreas comprometidas e continua na UTI. Hospital informou que as picadas foram no rosto e pescoço

Dieynne Saugo cobra
Dieynne Saugo (Imagens divulgadas pela família)

O médico José Antônio de Figueiredo, coordenador do Centro Antiveneno de Mato Grosso (Ciave), informou que a médica Dieynne Saugo estava com 70% das vias aéreas comprometidas dois dias após as picadas que sofreu de uma cobra jararaca durante um banho de cachoeira.

Nesta terça-feira (1), a médica passou pelo procedimento de traqueostomia (pequena abertura na traqueia) e permanece internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde domingo (31).

O médico responsável por Dieynne informou que as vias aéreas da paciente ficaram comprometidas devido ao inchaço no rosto e no pescoço, o que acabou prejudicando a respiração da paciente.

“É como se tivesse uma reação alérgica. Não significa que o veneno cause alteração nesse sentido, mas causa o inchaço que, na região do pescoço, pode comprometer veias importantes. O caso dela é bem diferente devido ao local da picada. Na maioria das vezes, as picadas são no pé, tornozelo e perna, seguido de mão e braço”, explicou.

De acordo com a família de Dieynne, o médico deu duas opções para tentar melhorar a respiração da paciente. Uma era a traqueostomia e a outra a entubação. A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em uma abertura feita na traqueia, com inserção de um tubo, que permite a passagem do ar. Na entubação, um tubo é colocado dentro da traqueia, que permite o uso de ventilação mecânica.

“Como a entubação teria um risco muito alto dela desenvolver pneumonia (que não é nada bom nesse momento), optamos pela traquio, por uma questão de precaução, para não ter que acabar tendo que fazer algum procedimento com urgência”, explicou a família em um comunicado.

José Antônio afirmou que o caso de Dieynne é considerado grave. Ela chegou ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) vomitando sangue e com edemas. O local em que ocorreu o incidente fica a mais de 150 km do hospital. Foram cerca de 3 horas até chegar a unidade de saúde para a aplicação do soro.

“Nesse período já começam as alterações, como dor, inchaço e a diminuição na coagulação. Não tem como diminuir os edemas, mas, após a aplicação do soro, as alterações começam a ser controladas”, disse.

Entenda o caso

Dieynne fazia um passeio em um dos pontos turísticos da cidade de Nobres (MT) quando ocorreu o incidente. A cobra despencou com a queda d’água da cachoeira e atingiu a médica que estava logo abaixo.

Um vídeo gravado no momento do acidente mostra a médica pedindo socorro. Em outro vídeo, uma testemunha se aproxima da cobra que picou a médica. As imagens foram utilizadas para identificar a espécie.

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