Redação Pragmatismo
Mundo 18/Ago/2020 às 13:57 COMENTÁRIOS
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Jornalista italiana é espancada por 30 pessoas enquanto cobria ação anti-Covid

Publicado em 18 Ago, 2020 às 13h57

"Em tantos anos de atividade, nunca tinha visto algo assim. A raiva, a violência sem motivo e aplicada sem nenhum rancor. Mas, o que me feriu mais foi a indiferença de quem assistiu a cena e não fez nada". Jornalista filmava uma ação de agentes locais para que banhistas cumprissem as normas sanitárias anti-Covid

jornalista italiana agredida
Praia Barcarello, em Palermo (Imagem: ANSA)

Uma jornalista italiana foi agredida por cerca de 30 pessoas neste domingo (16) enquanto filmava uma ação de agentes locais para que os banhistas cumprissem as normas sanitárias anti-Covid na praia de Barcarello, em Palermo.

Além da repórter, uma amiga que estava com ela e que tentou defendê-la também foi agredida.

Segundo relatou, a profissional estava registrando a tentativa dos agentes de desmontar barracas dos banhistas, que não podem ser montadas conforme o decreto vigente no país. Ainda conforme a jornalista, a ação deles também “não estava andando serenamente”.

“Em tantos anos de atividade, nunca tinha visto algo assim. A raiva, a violência sem motivo e aplicada sem nenhum rancor. Mas, o que me feriu mais foi a indiferença de quem assistiu a cena e não fez nada. Um homem a quem pedi ajuda me disse ‘não’. Tinha também quem só fazia um vídeo com o celular”, disse a repórter.

Segundo a italiana, ela falou para as pessoas que não as tinha filmado, que focava só nos agentes, “mas, naquele momento, um grupo veio para cima de mim”.

“Eu caí no chão e contra mim eram tapas, socos e chutes. Uma mulher me deu um soco no nariz. Eram mulheres, muitas. Os homens só olhavam. Minha amiga que estava me esperando no carro, saiu para me defender, mas também ela foi agredida. Um homem deu um chute nela, fazendo ela cair. Me insultavam e me batiam”, relatou.

De acordo com a repórter, as agressões só pararam com a chegada dos policiais – que foram chamados pelos agentes comunitários que estavam tentando realizar a ação de remoção. A polícia investiga o caso.

Agência ANSA

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