Redação Pragmatismo
Direita 15/Jun/2020 às 09:54 COMENTÁRIOS
Direita

Extremista Sara Winter é presa pela Polícia Federal

Publicado em 15 Jun, 2020 às 09h54

Bolsonarista Sara Winter é presa pela PF em Brasília. Detenção foi autorizada em inquérito que apura atos que pedem a volta da ditadura. Ela também é alvo da investigação sobre fake news e ameaçou espancar ministro e sua empregada doméstica

Sara Winter
Sara Winter

A militante bolsonarista Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, líder do movimento 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, foi presa preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira, 15, em Brasília.

A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos cujas pautas são o fechamento do STF e do Congresso.

Ao contrário das prisões temporárias, que duram cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, as prisões preventivas não têm prazo para terminar.

Moraes também conduz a investigação sobre disseminação de notícias falsas e ameaças contra membros do STF, que também tem a militante entre os investigados.

Sara foi presa pela PF pouco mais de um dia depois do disparo de fogos de artifício contra o prédio da Corte por membros do grupo liderado por ela. A agressão à Corte ocorreu no mesmo dia em que a Polícia Militar do Distrito Federal desmontou o acampamento do 300 do Brasil que estava em frente ao Ministério da Justiça.

Neste domingo, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, reagiu ao ataque e afirmou que a Corte “jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão”.

Duas semanas antes do disparo dos fogos, militantes do 300 do Brasil liderados por Sara Winter haviam feito uma manifestação em frente ao prédio da Corte com máscaras encobrindo seus rostos e empunhando tochas. A estética do protesto lembrou a de movimentos supremacistas brancos, como a americana Klu Klux Klan, e neonazistas.

“As máscaras eram para dar medo mesmo, e também pedi para todo mundo ir de preto. Foi um sucesso. Assustou, é o que a gente quer. A gente trabalha com o medo quando entende que uma autoridade comete atos ilegítimos e que a gente não pode mais contar com respeito. E é um medo gerado por uma ação não-violenta”, disse.

Antes de ser presa, a militante já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal em operação autorizada por Moraes no âmbito do inquérito das fake news, há três semanas.

Depois da ação da PF, Sara Winter publicou uma postagem em uma rede social chamando o ministro do STF de “covarde”, “filho da p***” e que gostaria de “trocar socos” com ele. “O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor”, ameaçou.

A publicação levou à sua expulsão pelo DEM, partido ao qual era filiada e pelo qual se candidatou a deputada federal pelo Rio de Janeiro em 2018 – ela recebeu apenas 17.246 votos e não foi eleita.

Siga-nos no InstagramTwitter | Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS