Redação Pragmatismo
Saúde 15/Mai/2020 às 19:19 COMENTÁRIOS
Saúde

URGENTE: Brasil tem 15,3 mil diagnósticos em 24h e deve passar Itália

Publicado em 15 Mai, 2020 às 19h19

No dia em que o ministro da Saúde pede demissão, Brasil registra mais de 15 mil novos casos de coronavírus em apenas 24 horas. Enquanto o governo agoniza, país entra na UTI

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Casos e óbitos decorrentes de coronavírus no mundo (Fonte: Worldometer-Covid/Universidade John Hopkins

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (15) o mais recente balanço dos casos de novo coronavírus no Brasil. São 824 óbitos em apenas 24 horas e 15.305 novos diagnósticos — um recorde para o período.

Agora o Brasil totaliza 218.223 casos confirmados e 14.817 mortes. De acordo com o ministério, há 118.436 pacientes em acompanhamento (54,3% do total)️, e 84.970 recuperados (38,9%).

O Brasil deve passar a Itália em número de casos de coronavírus nas próximas horas. O país europeu, um dos mais devastados pela pandemia, tem 223.885 casos confirmados — 5 mil a menos do que o Brasil.

No entanto, a Itália tem registrado nesta semana menos de 1000 novos casos por dia, enquanto no Brasil a média diária de novos casos ultrapassa a barreira de 10 mil.

Brasil na UTI

Com a queda do segundo ministro da Saúde em menos um mês, por não seguir as recomendações de Jair Bolsonaro, que quer “receitar cloroquina” para todo mundo voltar a trabalhar, o governo agoniza e quem está indo para a UTI é um país de 210 milhões de habitantes.

Como Mandetta, Teich defendeu publicamente posições contrárias às de Bolsonaro. Além de afirmar que o distanciamento social deveria ser uma medida de combate ao novo coronavírus, o ex-ministro também pediu cautela no uso da hidroxicloroquina no tratamento da doença.

Bolsonaro é um dos principais defensores do medicamento, ainda que não haja evidências científicas de que ele realmente funciona contra a covid-19.

Mandetta

Antecessor de Nelson Teich no cargo, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta classificou a saída do sucessor e o tempo de permanência dele no cargo como “um mês perdido no meio da pandemia”.

“Foi um mês perdido, que jogaram fora no meio da epidemia”, disse, em referência à dificuldade do sucessor em nomear equipe e adotar ações.

“Eu pedi para a equipe permanecer para ajudar, e em um mês exoneraram praticamente todo mundo, e não nomearam os novos. E agora ele sai?”

“Talvez ele [Bolsonaro] deva colocar lá uma pessoa que não seja médica, que não tenha muito compromisso e possa acelerar o que ele quer, porque fica difícil para um médico passar por cima de princípios básicos da ciência.”

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