Redação Pragmatismo
Barbárie 20/Abr/2020 às 14:48 COMENTÁRIOS
Barbárie

"Cidadão de bem" que espancou mulher no meio da rua é identificado

Publicado em 20 Abr, 2020 às 14h48

"Cidadão de bem" enrolado na bandeira nacional que espancou mulheres no meio da rua é bolsonarista que vive de "auxílio-doença" desde 2007. Ele estava em ato que pedia intervenção militar e o fim do isolamento social para que "vagabundos [sic] voltem a trabalhar"

paulo miguel rempel agressão

Paulo Miguel Rempel é o nome do homem que aparece em vídeo agredindo uma mulher nas ruas de Porto Alegre (RS) neste domingo (19). A covardia viralizou nas redes sociais e provocou indignação.

O agressor é formado em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Ele foi identificado por uma de suas vítimas, a fotógrafa Márcia Velasques dos Campos, de 54 anos.

Enfermeiro concursado, Paulo Miguel é nascido no município de Pinhalzinho, em Santa Catarina, mas vive em Porto Alegre. Após as agressões, o homem restringiu o acesso às suas informações no Instagram.

A vítima que o identificou não é a mulher que aparece de camiseta vermelha nas imagens levando um soco do homem. Márcia Velasques também recebeu um soco na boca, mas a agressão contra ela não foi captada em vídeo.

Márcia passeava com seus cachorros quando viu Paulo Rempel agredindo outra mulher. “Eu disse para ele parar, e ele olhou para mim, soltou a outra mulher, fechou a mão e deu um soco em mim”, relata a fotógrafa.

Nas redes sociais, ela postou cópia do boletim de ocorrência e imagens das lesões, com o rosto manchado de sangue.

No vídeo, é possível ver ainda que um manifestante bolsonarista tentou impedir a gravação dando um tapa no equipamento do cinegrafista que registrava as imagens, Jefferson Botega, do jornal Zero Hora.

Paulo Miguel Rempel

Desde 2007, Paulo Miguel vive com “auxílio-doença” após ser diagnosticado “com Transtorno Afetivo Bipolar e Transtornos Mentais e do comportamento em razão do uso de cocaína”. As informações são da Revista Fórum.

Paulo Miguel Rempel se manteve afastado por 10 anos de seu cargo, como servidor público, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, e ficou todo esse período recebendo sem trabalhar.

Curiosamente, durante a divulgação da manifestação que pedia intervenção militar em Porto Alegre neste domingo, uma das pautas falava em “pelo fim do isolamento social para que vagabundos [sic] voltem a trabalhar”.

O auxílio-doença a Paulo Miguel Rempel foi suspenso pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em 31/08/2018, mas ele está recorrendo da decisão.

VÍDEO E IMAGENS:

Siga-nos no InstagramTwitter | Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS