Redação Pragmatismo
Notícias 01/Mar/2020 às 09:43 COMENTÁRIOS
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Homem é preso antes de promover carnificina em baile funk

Publicado em 01 Mar, 2020 às 09h43

"Vou fazer um massacre histórico em um showzinho de rap, funk". Homem que pretendia explodir baile funk em Brasília é preso antes de realizar atentado. Na casa dele, foram encontrados um explosivo pronto e materiais para a produção de outras bombas

massacre baile funk brasília
(foto: PCDF/Divulgação)

Um show no Distrito Federal quase se tornou palco de um massacre. Um jovem, de 19 anos, acabou preso em flagrante na manhã deste sábado (29/2).

Investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) encontraram um explosivo pronto, além de materiais para a produção de outras bombas na residência dele, no Lago Norte. Ele pretendia realizar o atentado em um baile funk.

Segundo o delegado Dario Taciano de Freitas Junior, a informação sobre a tentativa do massacre ocorreu uma empresa multinacional que opera serviços variados na internet.

“Em um post de perguntas e respostas, esse suspeito afirmou que cometeria esse crime. A empresa encaminhou a mensagem para a Polícia Civil e, a partir disso, começamos a investigação”, explica.

Na mensagem, o jovem detalhou o plano assassino:

“Vou fazer um massacre histórico em um showzinho de rap, funk e trap, cheio de adolescentes vagabundos, descolados e drogados. (…) com meus conhecimentos em química e acesso a armas ilegais, poderei fazer algo esplêndido, o plano consiste em liberar gás venenoso ou paralisante na multidão e depois disso detonar um carro bomba com explosivos destrutivos, os sobreviventes vou matar na bala anônimo. Adoro ver o choro de vocês. Não é sonho, é real e estou pronto para me vingar. Espero que você seja uma vítima, mesmo sem nos conhecermos”.

“A princípio, pensamos que seria o pai dele, pois ele tem passagens. Mas quando conseguimos o mandado com o Judiciário e realizamos as buscas, vimos que se tratava desse jovem. Encontramos um artefato já pronto e, por isso, precisamos acionar a Polícia Militar para desarmar o explosivo sem que causasse qualquer dano”, acrescenta Dario Junior.

Ainda segundo o delegado, o acusado vivia com os avós na residência. “Ali também encontramos mais dinheiro em espécie, além de extrato de potássio e nitrato de amônio, que é usado na produção de explosivos. Por isso, acreditamos que ele iria produzir outros artefatos e cometer, sim, esse atentado. Talvez, se não tivéssemos agido, Brasília teria vivido um massacre”, frisa.

“Ele nos disse que já praticou outras explosões e que tem conhecimento para produzir as bombas. Em uma das explosões que ele realizou, chegou a perder a falange de um dedo. Ele ainda prestará depoimento e iremos investigar a motivação dele por trás desse atentado”, finaliza o investigador.

Sarah Peres, Correio Braziliense

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