Redação Pragmatismo
Notícias 21/Fev/2020 às 18:53 COMENTÁRIOS
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Projétil está alojado na base do pulmão de Cid Gomes

Publicado em 21 Fev, 2020 às 18h53

Balas que atingiram Cid Gomes foram de pistola .40. Um dos projéteis permanece alojado na base do pulmão do senador e não deve ser removido

cid gomes baleado

Boletim médico divulgado pelo Hospital Monte Klinikum, de Fortaleza, nesta sexta-feira, 21, afirma que o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) teve lesão pulmonar, perfuração do hemotórax esquerdo e pneumotórax hipertensivo.

De acordo com o boletim, Cid “encontra-se em reabilitação, realizando fisioterapia respiratória e uso de antibióticos para restabelecimento da função pulmonar”. Ainda segundo o relatório divulgado, “não há, portanto, previsão de alta hospitalar, tendo em vista a repercussão das lesões pulmonares”.

Cid segue internado “devido a trauma torácico por arma de fogo, que ocasionou a perfuração do hemotórax esquerdo (quando há derrame de sangue na cavidade pleural), lesão pulmonar e pneumotórax hipertensivo”, diz o boletim, assinado pelo médico Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho.

Nesta quarta-feira, 19, ele foi atingido por disparos de arma de fogo ao avançar com uma retroescavadeira um grupo de policias militares amotinados que realizavam bloqueio a um quartel em Sobral. (CE).

Em entrevista coletiva, o irmão de Cid, Ciro Gomes, explicou que ainda há uma bala alojada na base do pulmão do senador licenciado.

Assista:

“Se os elegantes da política brasileira consideram que faltou elegância, quero saber se fascismo se enfrenta com flores. Nós aqui vamos enfrentar com a arma que for necessária”, afirmou Ciro.

Ciro também se posicionou a favor da convocação de Cid à população pelas ruas de Sobral. “Ele estava com megafone, não estava com arma nenhuma. Ele é um senador da República, e aquilo é uma via pública. Ele, como qualquer autoridade ou pessoa, tem o direito de ir e vir. Aquela rua dá acesso ao quartel, e uma minoria impedia que uma maioria fosse trabalhar”, disse.

O pedetista ainda disse que ficou “muito chocado” ao ver o vídeo do momento em que Cid tentou invadir o quartel e levou um tiro. “Lamentei muito não estar eu lá. Mas Deus me protegeu, porque, se estivesse lá, o desfecho talvez fosse pior.”

Para Ciro, o governador Camilo Santana (PT) fez “tudo o que podia e o que não podia” pela polícia do Ceará e se posicionou contra um possível reajuste para encerrar o motim.

“Estou dizendo inclusive aquilo que ele não podia, porque um policial em início de carreira, num estado pobre como o nosso —volto a dizer que a vida é muito dura—; mas um soldado começar a vida ganhando cinco salários mínimos, enquanto um professor não ganha isso? Isso é uma inversão de valores absolutamente grave”, afirmou.

Ciro Gomes ainda atribuiu os motins a interesses político-partidários. “Depois que aceitaram a negociação, tudo estava resolvido, e uma minoria claramente vinculada à politicagem partidária, faz o que estão fazendo? Fazer o Ceará refém? Balear um senador do peito?”, questiona, citando que o lado dele está unido na questão. “Só por cima do nosso cadáver as milícias dominarão o Ceará.”

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