Redação Pragmatismo
Mulheres violadas 26/Set/2019 às 15:37 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Homem muda versão, chora e diz que não estuprou nem matou Mariana Bazza

Publicado em 26 Set, 2019 às 15h37

Rodriguinho chora em audiência e nega ter matado Mariana Bazza. Namorado faz homenagem nas redes sociais e universidade decreta luto

Mariana Bazza e Rodriguinho
Mariana Bazza e Rodriguinho

“Infelizmente um sonho, um futuro, uma mente, um coração jovem foi perdido! Essa ruptura dolorosa impõe a reflexão sobre o que a sociedade precisa fazer pelos seus jovens e reafirma o importante papel das instituições de ensino como promotoras de um mundo em que as esperanças e entusiasmos não deem espaço para a precariedade, que gera o medo. A comunidade universitária se une à família e amigos em prece e suplica ao Coração de Jesus fortaleza e paz, neste momento de dor.”

A nota acima foi publicada pela universidade Unisagrado, de Bauru (SP). Mariana Bazza cursava o 2º ano de fisioterapia na instituição de ensino superior. A jovem foi morta na última terça-feira (24) após receber ajuda para trocar o pneu do carro.

Rodrigo Alves Pereira, conhecido como Rodriguinho, de 33 anos, é apontado como o assassino de Mariana e está preso. Inicialmente, o rapaz havia confessado ter matado a jovem e também disse que a estuprou.

No entanto, diante de uma juíza em audiência de custódia o homem chorou e negou ter cometido o crime. Rodriguinho aponta uma segunda pessoa como a responsável pela morte da jovem. A polícia considera a versão fantasiosa.

Para a juíza, Rodriguinho disse que foi agredido por policiais na carceragem da Polícia Civil e que, por isso, chegou a assumir a autoria do crime. Agora, ele alega apenas que acompanhou essa segunda pessoa até o local onde o corpo foi deixado e que essa pessoa teria cometido o crime.

A juíza, a pedido do advogado de defesa, decretou a partir de agora que as investigações seguirão em segredo de Justiça. Evandro Demétrio, advogado nomeado para a defesa, falou em “preservação” tanto do suspeito quanto da família da vítima.

Rodriguinho estava preso até pouco menos de um mês atrás. Ele tem passagem por furto, extorsão, tentativa de latrocínio contra uma policial civil, estupro e outros delitos. Ao todo passou 12 de seus 33 anos no sistema prisional.

Namorado faz homenagem

Jefferson Viana, namorado de Mariana, prestou uma homenagem à jovem no fim da noite desta quarta-feira. “Saudades do seu carinho, daquele sorriso que eu adorava e você sempre escondia. Saudades deu te dizer ‘amor, não precisa ficar horas se maquiando, pois eu te acho muito mais linda natural’. Saudades de você me cobrar para chegar no horário na faculdade mesmo estando a quilômetros de distância. Tudo que eu sinto resume em saudades de você”, escreveu.

“Queria te dizer isso pessoalmente, meu amor. Para sempre vou te amar, que nosso Deus te dê aquele abraço que hoje eu não posso te dar… como me dizia ‘nunca se esqueça que eu te amo’, e eu respondia ‘nunca me deixe esquecer’ … eu jamais vou esquecer”, prosseguiu o namorado.

“Nossa última conversa era qual o nome que íamos dar aos nossos filhos, planos de logo morarmos juntos e dividir, mais que carinho, um lar, construindo juntos nossos objetivos”, relembrou. A última postagem no Instagram de Mariana foi uma foto ao lado de Jefferson. “Sempre que me lembrar de você vou sorrir”.

Mariana Bazza e o namorado, Jeferson

Entenda o caso

A investigação policial aponta que Mariana foi morta por Rodriguinho na cidade de Bariri (SP), próxima a Bauru. Ele é quem aparece nas imagens da câmera de segurança da academia que a vítima frequentava conversando com a jovem, que, ao sair do local, encontrou o pneu do carro esvaziado. As imagens mostram o momento em que o ele aborda Mariana e os dois conversam.

Logo depois ele atravessa a rua e entra em um terreno de chácara onde trabalhava como pintor. Mariana pega o carro, dá a volta na avenida e entra no imóvel onde o criminoso estava esperando para trocar o pneu do veículo.

A jovem chegou a mandar para o namorado uma foto de Rodriguinho fazendo a substituição do pneu furado, para avisar o que tinha acontecido. A imagem ajudou a polícia a chegar até o assassino.

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