Redação Pragmatismo
Mulheres violadas 29/Mai/2019 às 18:35 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Feliane Tavares, mais uma vítima de feminicídio no Brasil

Publicado em 29 Mai, 2019 às 18h35

Mãe de duas crianças, Feliane foi assassinada pelo primo de primeiro grau após se negar a fazer sexo com ele. Em choque, família está sem acreditar em tudo o que aconteceu

Feliane Tavares Campos
Feliane Tavares Campos

Feliane Tavares Campos é mais uma vítima de feminicídio no Brasil. Mãe de uma menina de 7 anos e outra de 1, ela foi assassinada pelo próprio primo por se negar a fazer sexo com ele.

O crime aconteceu em Goiânia (GO) no dia 7 de dezembro de 2018, mas só agora a polícia conseguiu identificar e prender o assassino. Marcos Vinícius Lopes Fiaia, de 21 anos, se declarou culpado pela morte da prima.

Ernane Cazer, delegado responsável pelo caso, confirma que o crime aconteceu porque o rapaz queria transar com Feliane, mas teve o pedido negado.

Ainda segundo o delegado, Feliane e Marcos mantinham um relacionamento aberto há cinco anos. Cada um namorava com outra pessoa, mas ficavam juntos esporadicamente e de forma discreta.

“A investigação apontou que eles mantinham relações sexuais de forma esporádica, mas que ela namorava com um outro rapaz. Testemunhas relataram que ele manifestava ciúmes por isso. No dia, após ele ser rejeitado, ficou furioso e a esganou com suas próprias mãos”, disse o delegado.

Feliane foi enforcada após uma festa em sua casa. Suas filhas não estavam no local no dia do crime. Na época, a jovem estava namorando e a polícia desconfiou do companheiro dela, mas as investigações avançaram e a hipótese foi descartada.

O pai de Feliane é irmão da mãe de Marcos. Os dois, portanto, são primos de primeiro grau. “Eles eram muito amigos”, disse uma parente em depoimento, que relatou também que a família está em choque após descobrir que a jovem foi morta pelo próprio primo.

Marcos Vinícius Lopes Fiaia responderá por feminicídio. “Vai responder [por feminicídio] porque é um crime por causa do gênero, porque ela era mulher”, explica o delegado. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

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