América Latina

Maduro diz ter controle das Forças Armadas; veja imagens dos confrontos

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Nicolás Maduro fala em "nervos de aço" e garante ter neutralizado mais uma tentativa de golpe de estado. Confrontos se concentram na região da base aérea de La Carlota. Bolsonaro se pronuncia

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi ao Twitter na manhã desta terça-feira (30/04) para suas primeiras declarações em meio à tentativa de golpe de Estado liderada pelo deputado opositor Juan Guaidó. O mandatário falou em “nervos de aço”.

“Nervos de aço! Conversei com os comandantes de todas as REDI [Região Estratégica de Defesa Integral] e ZODI [Zonas Operacionais de Defesa Integral] do país, que me manifestaram sua total lealdade ao povo, à constituição e à pátria. Chamo à máxima mobilização popular para assegurar a vitória da paz. Venceremos!”, disse Maduro, no Twitter.

Nas primeiras horas desta terça, o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, afirmou que um grupo de militares se reuniu para tentar dar um golpe.

Guaidó disse durante a manhã que teria apoio dos militares para pôr fim ao que chamou de “usurpação” – ou seja, para tentar derrubar o governo de Maduro. Junto com o ex-deputado Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar e apareceu, na rua, ao lado de Guaidó, ele convocou seus apoiadores às ruas.

No entanto, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou que a Força Armada Nacional Bolivariana se mantém “firme” em defesa da Constituição do país e que, nas unidades militares nas oito regiões de Defesa Integral do país, verifica-se “normalidade” nos quartéis e bases.

Golpe tem apoio dos EUA

Segundo o jornalista Breno Altman, os Estados Unidos estão por trás dessa nova tentativa de tirar Nicolás Maduro do poder à força.

“Tramado pelos Estados Unidos e representado por Juan Guaidó, o levante de hoje foi coordenado entre a oposição de direita e oficiais inferiores das Forças Armadas. O foco se situa na região de Altamira, ao leste de Caracas. O resto da capital e do país segue em relativa calma, sem quaisquer informações de adesão em outros quartéis”, observa Altman.

Os militares desertores que declararam apoio a Guaidó representam uma pequena minoria e utilizam lenços azuis amarrados no braço ou na face.

O presidente Jair Bolsonaro escreveu, em sua conta no Twitter, que “o Brasil acompanha com bastante atenção a situação na Venezuela e reafirma o seu apoio na transição democrática que se processa no país vizinho. O Brasil está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos.”

Telesur ao vivo:

“Nós nunca quisemos o derramamento de sangue, mas a oposição sempre teve essa intenção, de colocar irmão contra irmão”, disse um manifestante a favor de Maduro em Caracas, em transmissão ao vivo da TV TeleSUR.

Imagens dos confrontos captadas pela AFP, AP e Reuters:

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