Redação Pragmatismo
Senado Federal 08/Jan/2019 às 13:56 COMENTÁRIOS
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Travesti que foi candidata ao Senado em MG anuncia que vai ser mãe

Publicado em 08 Jan, 2019 às 13h56

Primeira candidata travesti ao Senado Federal no Brasil anuncia que será mãe. Esposa de Duda Salabert já está com 13 semanas de gestação

duda travesti grávida
Duda e a esposa (Imagem: Mídia Ninja)

A primeira candidata travesti ao Senado na última eleição, que concorreu por Minas, anunciou nesta segunda-feira (7) que vai ser mãe.

A mulher de Duda Salabert já está com 13 semanas de gestação. A política publicou em suas redes sociais um vídeo com imagens do ultrassom que mostra o bebê.

Apesar de não saber o sexo ainda, o casal já definiu o nome. Vai se chamar Sol. “Escolhemos um nome de gênero neutro: se for uma criança trans, não terá que se preocupar em retificar nome. Chama-se Sol! É música que encanta , é luz que revigora. Sol”, escreveu ela.

Duda é casada há sete anos com Raísa Novaes. Ela é uma travesti lésbica e o bebê é filho biológico do casal.

Professora há 18 anos, Duda é militante e atuante das causas sociais. Ela é uma das idealizadoras da ONG Transvest, projeto artístico-pedagógico que trabalha para combater a transfobia e incluir travestis, transexuais e transgêneros na sociedade, e recentemente criou também o Coletivo Transformar.

Nas eleições de 2018, a candidata do Psol conquistou mais de 350 mil votos, melhor desempenho do partido em Minas, e foi a sexta da legenda no país. Em 2020, ela pretende se lançar candidata à prefeitura de Belo Horizonte.

Prefeitura

Depois de conquistar 351.874 votos, Duda animou-se com o desempenho nas urnas e pretende se lançar candidata à prefeita de Belo Horizonte em 2020, sendo a primeira travesti a concorrer ao cargo.

Ela foi a 12ª postulante mais votada entre os mais de 2 mil candidatos no estado em 2018, se considerados todos os cargos em disputa: presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Também foi a primeira candidata mulher travesti a concorrer a um cargo majoritário.

“Nesse cenário de avanço do conservadorismo, uma travesti conseguir essa votação, que é três vezes mais do que o deputado eleito Aécio Neves (PSDB), é um fenômeno”, afirma Duda. Ela ressalta que a campanha foi feita com somente R$ 15 mil.

Maria Irenilda Pereira, Estado de Minas

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