Redação Pragmatismo
Tragédia 15/Ago/2018 às 21:35 COMENTÁRIOS
Tragédia

Famílias foram destruídas na tragédia em Gênova

Publicado em 15 Ago, 2018 às 21h35

Famílias inteiras foram destruídas no desabamento da ponte em Gênova, na Itália. Imprensa local começa a identificar as vítimas. 39 mortes estão confirmadas. Vídeo registrou momento da queda

ponte Gênova Itália
Dezenas de pessoas morreram após ponte desabar em Gênova, na Itália

Uma ponte rodoviária desmoronou nesta terça-feira (14) na cidade italiana de Gênova. Veículos despencaram de cerca de 45 metros de altura e dezenas de pessoas morreram. Até agora, 39 mortes foram confirmadas.

Ainda não se sabe o que provocou o colapso parcial da estrutura, mas as autoridades e a imprensa italiana já identificaram muitas pessoas que perderam a vida na tragédia.

Roberto Robbiano, de 44 anos, e Ersilia Piccinino, de 41, viajavam com seu filho Samuele, de 8 anos, para a área de Voltri, na parte oeste de Gênova, para almoçar com familiares. Eles eram de Campomorone. Relatos da imprensa local afirmam que, enquanto seus corpos eram retirados do veículos destruído, um celular com a palavra “Mamma” tocava em seu interior.

Outra família aniquilada no desastre foi a de Andrea Vittone, de 49 anos, e sua mulher Claudia Possetti, de 48, que passavam no local com os dois filhos dela, Manuel e Camilla Bellasio, respectivamente com 16 e 12 anos.

Entre as vítimas está também um grupo de amigos de Torre Del Greco: Matteo Bertonati, Giovanni Battiloro, Gerardo Esposito e Antonio Stanzione, todos na casa dos vinte anos, estavam atravessando Gênova para viajar a Nice e depois para Barcelona.

Os franceses Axelle Nèmati Alizee Plaze, de 21 anos, Nathan Gusman, de 20 anos, e Melissa Artus, de 22, saíram de Montpellier e estavam a caminho da Sardenha, mas sua viagem foi interrompida na Ponte Morandi.

Elisa Bozzo tinha 34 anos e era da província de Gênova. Em seu perfil no Facebook perguntava “Como posso não celebrar você, vida?”.

Vídeo

Imagens de câmeras de segurança mostram o colapso de uma das torres de sustentação da ponte durante uma tempestade. A polícia acredita que o desastre pode ter relação com esse evento climático violento.

Uma imagem divulgada pelos serviços de emergência mostra um caminhão parado em uma das extremidades da ponte.

O motorista do caminhão que conseguiu parar a tempo e salvar-se da queda da ponte Morandi, em Gênova, deixou o veículo ainda ligado e saiu correndo assim que percebeu o desabamento do viaduto.

“Só me salvei porque um carro me ultrapassou e reduzi a velocidade. Vi o veículo cair com todos os outros. Freei de repente, coloquei a marcha ré, abri a porta e fugi”, disse o homem, que não foi identificado, em entrevista ao jornal italiano “La Repubblica”. “O caminhão ficou lá, com o motor ligado”.

Segundo a empresa dona do veículo, o caminhão foi abandonado com três quartos do tanque de combustível cheio e ele ainda está ligado nesta quarta-feira (15). “Ele pode permanecer ligado por três ou quatro dias assim, se não superaquecer”, diz Annalisa Damonte, da Damonte Transportes.

Testemunha do desabamento, Ivan, 37, que foi retirado ainda na terça-feira do edifício próximo em que trabalha, descreveu o desmoronamento como inacreditável.

“Ver uma pilastra desabar como papel machê é uma coisa incrível”, disse. “Sempre soubemos dos problemas. Ela está em manutenção contínua. Nos anos 1990 eles acrescentaram alguns reforços em uma parte, mas mesmo por baixo você vê a ferrugem”, contou.

A ponte

Projetada pelo engenheiro Riccardo Morandi, a ponte foi construída entre 1963 e 1967, tem mais de mil metros de extensão e chegou a ser batizada de “Ponte do Brooklyn” pelas semelhanças com o famoso local em Nova York.

A ponte passa pelos bairros de Sampierdarena e Cornigliano, que ficam próximos ao aeroporto local. É considerada uma das principais vias de acesso pela capital da Ligúria e, diariamente, o local fica repleto de veículos em congestionamento.

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