Redação Pragmatismo
Contra o Preconceito 17/Ago/2017 às 14:02 COMENTÁRIOS
Contra o Preconceito

Jair Bolsonaro processa padre Julio Lancelotti

Publicado em 17 Ago, 2017 às 14h02

Padre Julio Lancelotti é processado por Bolsonaro. Em março, o religioso e integrante da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo chamou o parlamentar de "racista, machista e homofóbico"

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Jair Bolsonaro e padre Julio Lancelotti (Imagem: Pragmatismo Político)

Rede Brasil Atual

O padre Julio Lancelotti está sendo processado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PEN-RJ), por chamar o parlamentar de racista, machista e homofóbico, em março passado. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta segunda-feira (14), ele diz que a ação movida pelo político de extrema-direta é controverso.

Se fala em liberdade de expressão para ele poder dizer o que ele quer, com discurso contra negros, quilombolas, mulheres e a comunidade LGBT, mas acha que ninguém pode contrariá-lo“, questiona. “Muitas pessoas acham que a liberdade é poder dizer tudo que eu penso. Se o discurso ofende o mais fraco, o outro, eu não tenho direito de dizer“, completou Lancelotti.

O religioso discursava contra a cultura do ódio, durante a pregação que marcou o primeiro dia da Quaresma para os católicos. Julio se disse assustado pela devoção provocada por “uma figura homofóbica e violenta” como Jair Bolsonaro. “Eu fico impressionado — e não tenho medo dizer, não precisa cortar a gravação –, que uma pessoa homofóbica, violenta como Bolsonaro, apareça nas pesquisas eleitorais e seja seguido por tanta gente no Brasil. Isso é vergonhoso“, disse.

Na ocasião, Bolsonaro criticou o ato de usar uma pregação dentro da igreja para ataca-lo. Ele considerou “absurdo” utilizar-se do nome de Deus “para praticar blasfêmia e calúnias“.

Assassinato

O religioso e integrante da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo também comentou a morte de três moradores de rua – dois homens e uma mulher –, assassinados a tiros na madrugada de sábado (12), na avenida Senador Teotônio Vilela, em Cidade Dutra, na zona sul de São Paulo. “Foi uma execução. Foi uma ação covarde e premeditada. Nós temos que estar atentos a essa onda neonazista que toma a sociedade“, afirmou.

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