Redação Pragmatismo
Racismo não 25/Jul/2017 às 15:11 COMENTÁRIOS
Racismo não

Mãe diz que filha está assustada após ser tratada como 'pedinte' no Starbucks

Publicado em 25 Jul, 2017 às 15h11

Menina negra tratada como pedinte em loja do Starbucks em bairro nobre de SP foi forçada a sair do local. A mãe da criança, que é branca, diz que a filha está assustada e pergunta o tempo todo “porque fizeram isso com ela”. Polícia foi acionada por flagrante de racismo

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Uma menina negra de apenas 11 anos foi vítima de racismo na loja Starbucks localizada nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. O episódio aconteceu no último dia 15 e veio à público após denúncia dos pais da criança.

De acordo com o advogado Jorge Ribas Timi e sua esposa, Tatiane, a garota, que é adotada, foi confundida com uma pedinte por um funcionário. Os pais são brancos.

Tudo aconteceu depois que a menina foi avistada por um dos funcionários do Starbucks saindo do banheiro sozinha. Ele pediu, de maneira ríspida, para que a garota se retirasse do estabelecimento imediatamente.

“Nossa filha nasceu do nosso coração e você não imagina a dor que sentimos com esta atitude de racismo e preconceito. O segurança pegou no braço da nossa filha e disse que ela tinha de sair e que o lugar não admite pedintes”, disse Tatiane, em entrevista à rádio Banda B, de Curitiba. “Imagine como nossa pequena ficou. Em choque, não conseguia se mexer.”

Os pais da menina, que moram no Paraná e passavam um fim de semana na capital paulista, se revoltaram e chamaram a polícia para registrar ocorrência. Além disso, acionaram advogados para entrar com ação criminal por racismo e injúria racial contra a empresa.

O pai da menina se pronunciou através das redes sociais. “Não podemos tolerar a discriminação racial em nosso país”, escreveu.

Segundo Tatiane, a filha ainda está assustada com o episódio e se pergunta o tempo todo por qual motivo fizeram isso com ela. “Estamos tentando distraí-la, mas ela está com dificuldades para dormir e comer.”

Contato do Starbucks

Segundo os pais, a Starbucks fez contato e lamentou o “incidente”. “Incidente é quando você queima a língua no café quente. Isso é racismo. Vamos até as últimas consequências. E para que isso não se repita que estamos divulgando o caso agora”, disse Tatiane.

A empresa se manifestou dizendo que a acusação é séria e será investigada. “Se existe, por parte da família, o sentimento de que a experiência não foi agradável, sem dúvida alguma nós não atingimos o que era esperado e, por isso, estamos realizando uma apuração completa do ocorrido”, informou, em nota. A Starbucks reiterou compromisso com a “diversidade e inclusão” e disse não tolerar “qualquer desvio desses valores e princípios”.

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