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Barbárie 03/Fev/2017 às 11:36 COMENTÁRIOS
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Médica do Sírio Libanês que vazou dados sigilosos de Marisa é demitida

Publicado em 03 Fev, 2017 às 11h36

Sírio Libanês anuncia demissão de médica que vazou diagnóstico de Marisa Letícia. Gabriela Munhoz espalhou as informações sigilosas para colegas de profissão em grupo de WhatsApp. Ela chegou a sorrir ao ler reações sádicas de outros médicos

médica Gabriela Munhoz Sírio Libanês
Sírio Libanês anunciou o desligamento da médica Gabriela Munhoz

A médica Gabriela Munhoz, 31, foi demitida do Hospital Sírio-Libanês. O anúncio foi feito oficialmente nesta sexta-feira (3).

Gabriela divulgou em um grupo de WhatsApp reservado para colegas de profissão os resultados sigilosos de exames da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva.

A partir daí, reações inescrupulosas foram registradas e médicos explicaram até procedimentos para matar a esposa de Lula — caso do neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis.

Em determinado momento, o médico residente em urologia Michael Hennich ‘brincou’ quando Gabriela disse que dona Marisa não tinha sido levada, ainda, para a UTI: “Ainda bem!”. A jovem médica respondeu com risadas.

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“O Sírio-Libanês tem uma política rígida relacionada à privacidade de todos os seus pacientes e repudia a quebra do sigilo de pacientes por qualquer profissional de saúde. Por não permitir esse tipo de atitude entre seus colaboradores, a instituição tomou as medidas disciplinares cabíveis em relação à médica, assim que teve conhecimento da troca de mensagens”, disse o hospital, em nota.

Segundo o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), de acordo com o Código de Ética Médica, é vedado ao médico “permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade”.

Também não é permitido “liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa”, esta última em situação de sindicância ou processo ético-profissional.

“No cenário de doentes ‘notáveis’, a informação para o público deve ocorrer por meio de boletim médico autorizado pelo paciente ou responsável”, diz o Cremesp.

Dona Marisa Letícia teve morte cerebral decretada nesta quinta-feira (2) após a realização de um exame doppler craniano. Depois do resultado do doppler, a família autorizou o início do procedimento para a doação de órgãos. A ex-primeira-dama sofreu um AVC hemorrágico há dez dias.

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