Redação Pragmatismo
Justiça 29/Mar/2016 às 11:48 COMENTÁRIOS
Justiça

PF investiga autores de "ações criminosas" contra Teori Zavascki

Publicado em 29 Mar, 2016 às 11h48

Ministro Teori Zavascki foi alvo de ameaças em frente à sua casa após determinar que o juiz Sergio Moro enviasse ao STF as investigações envolvendo o ex-presidente Lula. Nas redes sociais, o músico Lobão chegou a divulgar o endereço do filho de Teori para que fossem realizados protestos

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Músico lobão retuitou incitação ao ódio contra família de Teori Zavascki

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, afirmou, em comunicado divulgado nesta segunda-feira (28) que os responsáveis por “ações criminosas” contra ministros da Corte, “estão sendo devidamente investigados”.

O texto faz referência “ameaças, coações e violências perpetradas contra ministros da Corte, a pretexto de manifestar suposto inconformismo com decisões por eles proferidas”.

Na semana passada, Ministério da Justiça informou nesta quarta-feira (23), por meio de nota, que determinou à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar supostas “instigações e ameaças” contra ministros.

A determinação se deu após o STF ter reforçado a segurança pessoal do ministro Teori Zavascki, por conta de manifestações contrárias ao governo em frente à sua casa, em Porto Alegre. Na terça (22) ele determinou que o juiz federal Sérgio Moro envie ao STF as investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nas redes sociais, o músico Lobão chegou a divulgar o endereço do filho de Teori para que fossem realizados protestos (relembre aqui).

No comunicado, Lewandowski classificou os atos como “atitudes temerárias”, que “excedem a mera irresignação com posições jurídicas externadas por integrantes do STF” e “passam ao largo do direito de expressão constitucionalmente assegurado aos cidadãos, ganhando contornos de crimes para os quais a legislação penal prevê sanções de elevado rigor”.

Lewandowski informa que pediu providências ao procurador-Geral da República, Rodrigo Janot; ao ministro da Justiça, Eugênio Aragão; ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo; e ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.

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