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Esporte 07/Ago/2015 às 18:36 COMENTÁRIOS
Esporte

Desaparecimento de Natalia Molchanova chocou o mundo do mergulho livre

Publicado em 07 Ago, 2015 às 18h36

O que pode ter ocorrido com Natalia Molchanova? Desaparecimento da mergulhadora russa abalou o mundo do esporte, já que a atleta morreu praticando uma atividade em que era considerada a melhor do mundo: 41 recordes mundiais e capacidade de segurar a respiração durante 10 minutos

Natalia Molchanova desaparecimento morte mergulhadora
Natalia Molchanova, a rainha do mergulho livre

O desaparecimento da mergulhadora russa Natalia Molchanova, de 53 anos, abalou o mundo do esporte, sobretudo porque a atleta morreu praticando uma atividade em que era considerada, sem dúvida, a melhor do mundo.

Os registros confirmam esse título: 41 recordes mundiais, campeã do mundo 23 vezes e capacidade de segurar a respiração por mais de 10 minutos.

Três dias após o sumiço da atleta na costa da ilha de Formentera, no sul da Espanha, não se sabe ao certo quais foram as causas do acidente que consternou o mundo do mergulho livre.

Segundo o filho da mergulhadora, Molchanov, Natalia nadava a três quilômetros da costa de La Savina, em Formentera, a uma profundidade de 30 metros e em meio a “fortes correntes submarinas”, ao lado de outros três mergulhadores.

Ela não voltou mais à superfície. Nenhum dos acompanhantes deu uma explicação concreta sobre o que pode ter ocorrido e os órgãos de resgate decidiram encerrar as buscas nesta quarta-feira.

Agora esperarão apenas que o corpo apareça na superfície do mar.

O esporte

O esporte se pratica tanto em piscinas como no mar, ambiente de maior complexidade por causa das correntes.

Há várias categorias e dois objetivos básicos de competição: aguentar o maior tempo sob a água sem respirar e alcançar a maior profundidade.

No mar, as atividades mais conhecidas – e onde Molchanova reinava absoluta entre as mulheres – são as imersões de peso constante, com tipos diferentes de pés-de-pato, e as livres.

Há três provas de competição: uma envolve nadar o mais fundo possível com uma única respiração e apenas um pé-de-pato (onde o russa era a única mulher na história do esporte a quebrar a barreira mítica de 100 metros, em 2013), a com dois pés-de-pato e aquela em modo livre.

No mergulho livre o principal objetivo é alcançar a maior profundidade. Competidores usam pesos, o chamado peso constante, que os ajudam a afundar.

Esses pesos devem ser carregados quando o mergulhador volta para a superfície, o que garante maior esforço físico.

Molchanova levava vários pesos quando realizou seu último mergulho.

O desaparecimento

Segundo Santiago Jakas, presidente da Associação Espanhola de Mergulho, o fato de a atleta russa estar em uma região de “fortes correntes submarinas” não deve ser considerado a causa definitiva de seu desaparecimento.

“Para os praticantes de apneia as correntes não são tão perigosas como para os mergulhadores com cilindros, pois eles podem subir à superfície a qualquer velocidade. Se sentem uma corrente, precisam apenas subir”, afirmou o mergulhador espanhol.

O maior risco para os praticantes de apneia é a prática solitária. A maioria dos acidentes graves ocorre em imersões sem companhia, após desmaios ou síncopes sem socorro próximo.

“É um esporte no qual não se respira e algumas vezes, quando as reservas de oxigênio acabam, ocorrem desmaios, o corpo se apaga. Mas com outro colega nas imediações é algo fácil de resolver”, afirmou Jakas.

O que se sabe sobre o desaparecimento de Molchanova é que ela estava com outros mergulhadores, mas ainda não está claro se eles estavam apoiando a campeã ou faziam exercícios separados.

Além disso, os colegas que a acompanhavam afirmaram que ela não usava uma espécie de corda branca que vai da superfície ao fundo e que funciona como guia em situações de risco.

Após o fim das buscas, integrantes das equipes de resgate afirmaram ao jornal El País que “o mar é imenso, e um corpo pequeno, sobretudo na superfície, entre correntes com velocidade superior a 1 km/h, pode ser arrastado por até 50 km por dia”.

BBC Mundo

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