Redação Pragmatismo
Uruguai 29/Abr/2014 às 18:26 COMENTÁRIOS
Uruguai

Mujica diz que fará sucessor

Publicado em 29 Abr, 2014 às 18h26

"Sou presidente porque tive a ousadia de desafiar o mundo das pesquisas", diz Mujica. Presidente uruguaio considera que maior desafio nas eleições presidenciais de outubro será manter maioria parlamentar

mujica uruguai tabaré vásquez
Mujica e Tanaré Vásquez, candidato pela Frente Ampla de Esquerda (FA)

O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, afirmou neste domingo (27/04) que a coalizão de esquerda Frente Ampla (FA), que o levou ao poder em 2010, ganhará as eleições do próximo mês de outubro e que o “desafio” é manter a maioria parlamentar.

“A luta está cifrada não em quem ganhará, mas em conseguir a maioria parlamentar”, disse Mujica à rádio “Monte Carlo” de Montevidéu.

Em referência ao resultado das últimas pesquisas que mostram pela primeira vez a oposição acima da FA nas intenções de voto, o líder disse que ele “não seria presidente” se tivesse “ligado” para as pesquisas.

“Eu sou presidente porque tive a ousadia de desafiar o mundo das pesquisas e dos comentários políticos”, comentou.

Os levantamentos “devem ser levados em conta”, mas “não podemos nos guiar por eles”, enfatizou Mujica.

Segundo várias consultas de opinião publica divulgadas no último mês, se as eleições fossem agora, a Frente Ampla teria o apoio de 44% da população, seguida pelo Partido Nacional (30%), o Partido Colorado (17%) e o Partido
Independente (2%).

O analista Luis González, diretor da empresa Número, uma das principais pesquisadoras do país, declarou recentemente que o cenário “mais provável” é que o pré-candidato da Frente Ampla, o ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), “volte a ser presidente, mas sem maioria parlamentar”.

Vázquez, socialista, de 74 anos, foi o primeiro presidente de esquerda na história do Uruguai e entregou a faixa presidencial a Mujica, de 78 e ex-líder guerrilheiro Tupamaro.

A FA tem atualmente maioria tanto no Senado como na Câmara de Deputados.

Os uruguaios elegerão os candidatos presidenciais no próximo dia 1º de junho em eleições internas e simultâneas de todos os partidos e sem voto obrigatório.

As eleições gerais acontecerão no dia 26 de outubro, com voto obrigatório, e, se for necessário, um segundo turno acontecerá em 30 de novembro.

Opera Mundi

Recomendações

COMENTÁRIOS