Médicos cubanos são recepcionados com queijo e doce de leite
Ato serviu para tirar a péssima impressão deixada por alguns “profissionais” de jaleco branco que fizeram corredor polonês e hostilizaram médicos cubanos em treinamento no Ceará
“Nós, médicos cubanos, somos formados pela revolução cubana. Nos compensa muito ajudar a muitos povos do mundo e ajudar a melhorar a sua qualidade de vida. O povo do Brasil merece uma melhora na qualidade da saúde. Merece muito mais atenção primária de saúde para a prevenção de muitas enfermidades”, disse com alegria à imprensa a médica cubana Natasha Romero Sanches. Natasha vai trabalhar em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais.
A alegria de Natasha justificava-se pela calorosa recepção que a UJS realizou para os médicos no Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte. “Estamos entregando doce de leite, queijo e cachaça aos médicos porque são símbolos do povo de Minas e, ao contrário do que alguns médicos brasileiros fizeram, nós queremos recebê-los com o que Minas tem de melhor. Eles deixaram suas famílias para vir cuidar da população pobre de Minas Gerais”, disse Luiza Lafetá, presidenta da UJS-MG.
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O ato (assista aqui) serviu também para tirar a péssima impressão deixada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, pela qual alguns “profissionais” de jaleco branco fizeram corredor polonês e hostilizaram os integrantes do Programa Mais Médicos que realizavam curso preparatório para iniciar suas atividades. Além da UJS, participaram representantes da União Nacional dos Estudantes, União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais, Levante Popular da Juventude, Movimento dos Sem Terra e Movimento dos Atingidos por Barragens, como representantes de ao menos 74% da população brasileira que em recente pesquisa defendeu a vinda de médicos estrangeiros ao Brasil.
Luisa Balbina, outra cubana que vai trabalhar no Brasil pelo contrato firmado com a Organização Pan-Americana da Saúde, os cubanos atuaram no Brasil por 3 anos, disse que a recepção dos brasileiros foi “muito bonita”. Luisa falou de Cuba e sobre o objetivo no Brasil. “Somos muito livres. Os médicos de Cuba só querem ajudar os povos que necessitam. Somo missionários da saúde. Está é a nossa missão, ajudar o povo que não tem atenção médica”, contou. Luisa vai trabalhar em São João das Missões, no Norte do estado.
Em entrevista à imprensa, Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, afirmou que boa parte dos médicos brasileiros que atuam no SUS é a favor da vinda dos profissionais estrangeiros. “A média do médico brasileiro está sendo de receber muito bem e de compartilhar experiências. (…) Esses profissionais vêm ajudar os médicos brasileiros, dividir a carga de trabalho, que está muito pesada”, ressaltou.
Os médicos cubanos chegaram a Belo Horizonte neste domingo (15) e iniciarão suas atividades em regiões carentes do estado a partir da segunda-feira (23). O governo federal garante o prosseguimento do Mais Médicos para suprir a necessidade desses profissionais onde os brasileiros não querem trabalhar.
UJS