Luis Soares
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Política 04/Set/2010 às 13:51 COMENTÁRIOS
Política

Datafolha: após ataques contra Dilma, petista sobe e Serra cai

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 04 Set, 2010 às 13h51
Saiu mais uma pesquisa Datafolha. Ela revela que o humor do eleitorado se manteve estável nos últimos dez dias, apesar dos sucessivos ataques da mídia e da oposição contra a candidatura governista. Dilma Rousseff subiu de 49% para 50%. Serra, caiu 29% para 28%. O fosso que separa a petista do tucano é, agora, de 22 pontos.
 
Os que pretendem votar em branco, nulo ou nenhum são 4%. E 7% estão indecisos. Candidatos de partidos pequenos não chegam a 1%.

As más notícias para a campanha tucana não para por aí. Um dado escondido no miolo da pesquisa mostra que 81% dos eleitores declaram que estão “totalmente decididos” quanto à opção que fizeram. Apenas 18% afirmam que podem trocar de candidato nos 30 dias que faltam para o encontro com as urnas, em 3 de outubro. Mesmo que ocorra a quase impossível hipótese de todos estes 18% migrarem para a candidatura Serra, ainda sim Dilma continuaria na frente.

Principalmente porque a taxa de eleitores com 100% de certeza de seu voto é bem maior entre os que preferem de Dilma (85%) do que os que optam por Serra (77%). O número de pessoas que se dizem convencidas de que Dilma será a próxima presidente aumentou, revelando que o forjado “escândalo” da quebra de sigilo fiscal não só não tirou votos de Dilma como ainda reforçou a convicção do eleitorado da candidata de Lula.

Há dez dias, 63% dos eleitores achavam que a candidata de Lula prevalecerá sobre Serra. Hoje, 69% compartilham dessa opinião. Só 15% acham que Serra será o vencedor –pouco mais da metade dos que declaram voto no tucano. No caso de Marina Silva, 1% acredita na sua vitória.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados falam em quem desejam votar sem ver uma lista de nomes, Dilma marcou 38% contra 35% na semana passada, indicando que sua tendência de alta continua. Serra oscilou apenas dentro da margem de erro na sondagem espontânea, indo de 18% para 19%. Marina saiu de 5% e foi a 6%.

“Significa dizer que só uma hecatombe política retiraria a pupila de Lula da trilha que parece conduzi-la à cadeira de presidente”, afirma, a contragosto, o jornalista Josias de souza, em seu blog.

Num eventual segundo turno, a petista também venceria o tucano por 56% a 36% dos votos. Haveria 5% votando em branco, nulo ou nenhum e 4% ainda indecisos.

Rejeição a Serra chega a 31%

Em capitais e regiões metropolitanas ocorre o melhor desempenho de Marina Silva. Ela chega a 14%, contra 27% de Serra e 47% de Dilma.

Há outros dois indicadores relevantes que foram positivos para Dilma: a taxa de rejeição dos candidatos e a percepção de vitória por parte do eleitorado. A petista é rejeitada por 21% dos eleitores. Tinha 19% na semana passada.

Já Serra, era rejeitado por 24% em julho. Foi a 28% no começo de agosto. Agora, 31% dizem que não votariam no tucano de jeito nenhum.

Marina Silva é rejeitada por 17% –tinha 16% na semana passada.

Segundo o Datafolha, 51% declararam ter assistido os programas do horário eleitoral –contra 39% na semana anterior. Isso significa que muitos eleitores tomaram conhecimento dos fatos dos últimos dias, inclusive do vazamento de dados fiscais sigilosos da Receita Federal.

A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 3 de setembro, com 4.314 eleitores em 203 cidades. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com número 27.903/2010.

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