Redação Pragmatismo
Protestos 24/Mai/2017 às 20:22 COMENTÁRIOS
Protestos

Hemocentro de Brasília pede reforço de doação de sangue

Publicado em 24 Mai, 2017 às 20h22

Massacre promovido pela PM contra a manifestação em Brasília foi tão intenso que o Hemocentro de Brasília emitiu um comunicado solicitando que a população doe sangue, principalmente os tipos O+ e O-

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(Imagens da manifestação deste 24 de maio de 2017)

A Polícia Militar e a Força Nacional receberam orientações claras nesta quarta-feira (24) sobre como lidar com a manifestação popular que pedia eleições diretas. A ordem era reprimir o ato.

O uso da violência foi tão intenso que o Hemocentro de Brasília emitiu um comunicado convocando a população para doar sangue em razão do número de civis feridos em hospitais do Distrito Federal.

“Em virtude dos fatos ocorridos nas manifestações políticas na Esplanada dos Ministérios na tarde desta quarta-feira, 24 de maio, que resultaram em confrontos e num grande número de feridos, a Fundação Hemocentro de Brasília convoca todos os cidadãos que estiverem em boas condições de saúde para comparecer ao Hemocentro e doar sangue, principalmente os tipos O positivo e O Negativo”, diz a nota do Hemocentro.

Diversas imagens registraram o massacre sofrido pela população na tarde de hoje (veja aqui). Até mesmo helicópteros atiravam, do alto, sem qualquer critério, bombas de gás lacrimogêneo sobre uma manifestação que continha mulheres, idosos e crianças.

No plenário da Câmara, deputados da oposição como José Guimarães relataram que parlamentares foram agredidos no protesto. “Fui socorrido por um menino”, afirmou. Ele defendeu que não tinha como continuar os trabalhos no plenário diante desse cenário. Alguns senadores que participavam do ato também sofreram com a violência policial.

Nesta segunda, o jornal The Guardian publicou um editoral em que defende novas eleições diretas no Brasil, diante da crise política. “Os políticos brasileiros colocaram o País nessa confusão. Eles deveriam deixar os 143 milhões de eleitores decidirem como sair disso”, diz o texto.

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