Redação Pragmatismo
Impeachment 31/Ago/2016 às 20:31 COMENTÁRIOS
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Joaquim Barbosa diz que impeachment de Dilma foi "espetáculo patético"

Publicado em 31 Ago, 2016 às 20h31

Após a votação no Senado, Joaquim Barbosa chama impeachment de Dilma de "tabajara" e de "espetáculo patético". Ex-presidente do STF disse ainda que sentiu-se constrangido com primeira entrevista de Michel Temer, a quem se referiu como "caudilho"

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Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa chamou de “tabajara” o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e disse que Michel Temer não terá o respeito dos brasileiros. Chamou Temer de “caudilho”. As declarações foram feitas no Twitter.

“Eu não acompanhei nada desse patético espetáculo que foi o “impeachment tabajara” de Dilma Roussef. Não quis perder tempo”, escreveu Barbosa.

“Mais patética ainda foi a primeira entrevista do novo presidente do Brasil, Michel Temer. Explico”, continuou. “O homem parece acreditar piamente que terá o respeito e a estima dos brasileiros pelo fato de agora ser presidente. Engana-se.”

Em seguida, o ex-ministro começou a postar em inglês. Falou que o processo é “vergonhoso” e que “de repente as altas forças políticas conservadoras dominaram o Brasil”. “Eles pegaram tudo!” “Eles dominam o Congresso. Estão em volta do novo presidente (um político que pode ser comparado aos velhos caudilhos latino americanos kkkkk)”

“Estão dirigindo a mídia, inclusive as emissoras de TV”, continuou. “Mas sabe o que? Eles não têm votos! Esperem um par de anos!”, escreveu Barbosa. Em 2018 há eleições no Brasil.

IMPEACHMENT

Por 61 votos a 20, os senadores aprovaram nesta quarta-feira (31) o processo de impeachment de Dilma Rousseff, primeira mulher eleita para o Palácio do Planalto, em 2010, e reeleita em outubro de 2014 com 54 milhões de votos.

O processo foi dividido em duas votações. Na segunda, que avaliou a cassação ou a manutenção dos direitos políticos de Dilma, o resultado foi 42 votos a favor da cassação e 36 contrários. No entanto, eram necessários 54 votos para que a presidente ficasse inabilitada a exercer funções públicas durante oito anos.

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