Redação Pragmatismo
Saúde 29/Nov/2020 às 14:47 COMENTÁRIOS
Saúde

Homem com 300 quilos morre após esperar vaga em UTI em colchão no chão

Publicado em 29 Nov, 2020 às 14h47

Morre em Natal paciente com quase 300 quilos que aguardou cinco dias por vaga em UTI em colchão no chão. Ele foi reanimado depois de duas paradas cardiorrespiratórias, mas não resistiu à terceira

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Carlos Alberto Félix da Silva

Morreu neste sábado (28) um paciente que quase 300 quilos que aguardou cinco dias por uma vaga na UTI de um hospital em Natal (RN).

Carlos Alberto Félix da Silva, de 41 anos, foi reanimado depois de duas paradas cardiorrespiratórias, mas não resistiu à terceira.

Carlos Alberto estava com insuficiência cardíaca e rabdomiólise, que é uma degradação do tecido muscular que libera uma proteína prejudicial no sangue. O exame dele de Covid-19, uma suspeita inicial, deu negativo.

O paciente procurou o Hospital Regional de João Câmara, a 74 km de Natal, na segunda-feira passada (23) ao apresentar dificuldade de respirar e ficar com lábios e dedos roxos, além de batimentos cardíacos fracos. Na quarta-feira (25), a equipe médica o intubou para ele respirar com ajuda de aparelhos.

Sem uma cama que pudesse suportar o peso dele, a unidade de saúde optou por colocá-lo em um colchão no chão. A direção do Hospital Regional de João Câmara disse que “devido à doença crônica que o paciente” tem, fez o “possível para deixá-lo o mais cômodo possível”.

Na sexta-feira (27), a família dele conseguiu na Justiça o direito a um leito de UTI em um hospital de Natal para que ele pudesse receber o tratamento adequado.

Ele foi transferido, então, na madrugada deste sábado (28) para o Hospital Giselda Trigueiro, que já havia aceitado a transferência do paciente antes mesmo da decisão judicial. Para recebê-lo, o hospital preparou uma cama adaptada, unindo duas que suportam até 200 quilos.

“Pelo menos, teve um pouco de dignidade no fim da vida, não estava no chão e recebeu toda a atenção e cuidado possível. Infelizmente, estava muito grave”, disse o diretor do Giselda Trigueiro, André Prudente.

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