Saúde

Ex-atleta da seleção brasileira de vôlei morre aos 29 anos

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Ana Paula Borgo morre aos 29 anos, vítima de câncer de estômago. Doença geralmente é diagnosticada de maneira tardia; confira os sintomas e as possíveis causas

Ana Paula Borgo

A jogadora de vôlei Ana Paula Borgo morreu aos 29 anos, segundo anúncio feito por sua mãe nesta quinta-feira (11). “Jesus recolheu minha filha, te receba em teus braços. Que dor, minha filha. A certeza que você está com Jesus. Como eu amo você”, escreveu a mãe em uma sequência de publicações nas redes sociais.

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A ex-atleta da seleção brasileira tinha sido diagnosticada com câncer de estômago em setembro do ano passado. Na época, ela defendia o Barueri e foi afastada por tempo indeterminado para o tratamento.

Como não há esquema de detecção precoce, em geral, um tumor como o de Ana Paula costuma ser diagnosticado quando já está avançado. Quando o tumor é pequeno, ele é silencioso, não dá sinais. E caso haja algum sintoma, pode se confundir com outras manifestações benignas.

Quando a doença já está em estado mais avançado, a depender da localização do tumor, como na parte do esôfago que liga o estômago, ou na região em que o estômago se liga ao intestino (o duodeno), podem ser notados sintomas de obstrução: náusea, vômitos, sensação de estômago cheio, anemia, perda de apetite, perda de peso.

O diagnóstico

Na hora da consulta, o médico ouvirá sua história e fará um exame físico (palpação), especialmente para verificar as condições da região do abdome.

Na sequência, o especialista deve solicitar uma endoscopia digestiva. No exame, um tubo flexível é usado para visualizar as condições de aparelho digestivo. Quando os sintomas já existem há muito tempo, essa requisição é considerada obrigatória.

Caso o resultado da endoscopia revele uma lesão, o exame seguinte é a biópsia (retirada de parte do tecido local para análise). Na maioria das vezes, é ela que define o diagnóstico.

A etapa seguinte prevê a requisição de tomografia computadorizada. O objetivo é conhecer a extensão da enfermidade. A partir do resultado da tomografia, o médico terá informações que definirão as melhores estratégias terapêuticas.

A cirurgia para retirada total do estômago (gastrectomia) é considerada a principal delas, o que pode abranger também gânglios ao redor do órgão e suas margens. A quimioterapia, a radioterapia e até a endoscopia (10% dos casos) podem compor o plano de tratamento.

O que causa a doença

As causas dos tumores gástricos são multifatoriais, isso é, podem decorrer de várias situações, desde ambientais até genéticas. Veja abaixo os fatores de risco associados ao problema:

Idade (é mais comum entre pessoas de 60 a 70 anos, embora esteja avançando entre os jovens também); Tabagismo; Sedentarismo; Obesidade; Infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) —geralmente relacionada à falta de saneamento básico e hábitos de higiene; Lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal);

Histórico familiar — ter parentes de primeiro grau (pai ou mãe, irmãos, tios) — com câncer de estômago pode indicar a propensão para uma síndrome, o câncer gástrico difuso hereditário;

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Dieta rica em sal, em conservantes como os nitratos (presentes em embutidos e outros alimentos industrializados); Dieta pobre em frutas e vegetais; Consumo de carnes processadas (salsicha, linguiça, hambúrguer industrializado etc.).

com informações de VIVA BEM