Saúde

Esposa relata piora no estado de saúde de Bruce Willis; demência frontotemporal pode surgir aos 45 anos

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Avaliada em R$ 1,3 bilhão, herança de Bruce Willis foi dividida de maneira 'desigual' no ano passado após o ator ser afastado dos trabalhos. Demência frontotemporal é diferente do Alzheimer, pois não afeta predominantemente a memória, e pode aparecer a partir dos 45 anos; conheça as causas, sintomas, diagnósticos e tratamento

Bruce Willis

com informações de Viva Bem

Diagnosticado com demência frontotemporal, Bruce Willis (67) teve o testamento revisado no ano passado após afastamento das produções em que estava atuando por doença de afasia. Segundo o portal norte-americano, Bruce promoveu uma divisão desigual da herança — avaliada em US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão) — entre suas cinco filhas.

Rumer, Scout e Tallulah, filhas do ator com Demi Moore, receberiam US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) cada na nova divisão. Todo o restante do patrimônio de Bruce iria para sua atual esposa, Emma Heming, e as filhas do casal, Mabel e Evelyn.

“Bruce queria garantir que sua jovem família fosse cuidada”, disse uma fonte. “Ele acredita que Rumer, Scout e Tallulah obtiveram o melhor do que ele tem a oferecer financeiramente ao longo de suas vidas”, completou.

Nesta quinta-feira (16), Emma Heming Willis, mulher de Bruce Willis, informou que o artista está vivendo com um estágio avançado de demência frontotemporal.

“Queríamos dar para vocês uma atualização sobre o nosso amado marido, pai e amigo, uma vez que agora temos uma compreensão mais profunda do que ele está vivendo. Desde que anunciamos o diagnóstico de afasia de Bruce na primavera de 2022, a condição de Bruce progrediu e agora temos um diagnóstico mais específico: demência frontotemporal (conhecida como FTD). Infelizmente, desafios com comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Embora isto seja doloroso, é um alívio ter finalmente um diagnóstico claro”, diz o texto.

Demência frontotemporal

A demência frontotemporal é um grupo de doenças neurodegenerativas e progressivas que atingem o cérebro. Geralmente, as primeiras alterações que acontecem são nas emoções e no comportamento. O paciente fica sem filtro e se comporta de forma inadequada e constrangedora. Além de apresentar atitudes irresponsáveis, fica indiferente a tudo e se torna incapaz de entender e se colocar no lugar do outro.

O paciente também perde a capacidade de compreender as palavras e o nome de alguns objetos. Ele esquece, por exemplo, o que é uma vassoura ou um martelo. A pessoa desaprende a falar, troca as palavras e diz frases sem sentido.

A pessoa tem dificuldade de se expressar por meio da linguagem. Ela entende o que está ouvindo, mas apresenta uma fala “travada”. Por fim, a ação se torna tão difícil que o paciente fica mudo — isso já em quadros avançados.

Pode surgir aos 45 anos

A DFT é diferente do Alzheimer, pois não afeta predominantemente a memória. A doença provoca principalmente uma alteração no comportamento —é como se a pessoa mudasse de personalidade.

A idade também é um diferencial: a DFT atinge uma parcela muito ativa da população, geralmente com idade entre 45 e 65 anos, enquanto o risco de o Alzheimer aparecer aumenta a partir dos 65.

Causas e diagnósticos

A origem pode ser genética. Isso quer dizer que, caso algum familiar tenha a doença, há maior risco de a pessoa desenvolver o problema –mas isso não é uma regra.

O que se sabe é que, no cérebro, ocorre um acúmulo anormal de três proteínas: TAU (a mais abundante), FUS e TDP-43. Tudo isso acaba sendo tóxico para os neurônios, que vão morrendo, atrofiando e causam os sintomas da doença.

O diagnóstico é clínico e conta com o auxílio de exames de imagem. Por ter sintomas semelhantes a algumas doenças psiquiátricas, como depressão e bipolaridade, pode resultar num diagnóstico tardio ou até mesmo errado.

Tratamento

Não há um remédio específico para a DFT, tampouco cura. O que dá para tratar são os sintomas que aparecem. É difícil determinar o tempo de vida, pois costuma variar. Em média, os médicos citam de oito a 10 anos.