Terrorismo

Quem movimentou os blindados?

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Se nenhum comandante disser quem acionou os blindados, o sujeito que afrontou as ordens ficará impune. Como estão impunes todos os que vestem fardas

Exército põe blindados na rua para isolar QG

Moisés Mendes*, em seu blog

Depois da intervenção federal na segurança pública de Brasília, ficou decidido que os acampamentos deveriam ser desmontados.

O que aconteceu na sequência não provoca nenhuma surpresa, porque foi apenas mais uma afronta.

Blindados e caminhões (foto) foram movimentados à noite, de dentro do QG do Exército, como proteção aos acampados no entorno e como forma de impedir que a PM agisse.

Quem movimentou os blindados? Um tenente de plantão, que estava ali como oficial da noite? Por ordem de quem? Por iniciativa dele mesmo?

Um cabo e um soldado podem movimentar blindados diante do QG do Exército?

Dizem que os militares estavam protegendo familiares, porque boa parte dos acampados é de mãe, filha, tio, primo ou algum parente de gente das Forças Armadas.

A falta de respostas a perguntas como essa vai minando a ação de quem tenta aplicar determinações que precisam de cumprimento urgente.

Se nenhum comandante disser quem acionou os blindados, o sujeito que afrontou as ordens ficará impune. Como estão impunes todos os que vestem fardas.

Mesmo que seja cada vez mais provável que os blindados tenham se movimentado por conta própria.

Escutem

Dá pra ouvir daqui o silêncio de muita gente que poderia estar dizendo alguma coisa.

Bem na hora

Dias antes do que aconteceu ontem em Brasília, golpistas de peso se declararam arrependidos e contra extremismos e até disseram que era hora da trégua.

Brasil é o país das coincidências.

Sabotagem, de novo

Todos já constataram o óbvio. O facebook e todas as redes sociais estão tirando visibilidade de textos sobre o terrorismo.

Manés, patriotas e terroristas têm cúmplices em áreas decisivas.

A luta contra os fascistas enfrenta também a sabotagem das corporações das redes sociais.

Modelos

São mais de 300 presos. Se o número de gaúchos for inferior a 40, será um fiasco para um Estado tomado de extremistas e que sempre foi modelo a toda terra.

*Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre. Foi colunista e editor especial de Zero Hora. Escreve também para os jornais Extra Classe, Jornalistas pela Democracia e Brasil 247. É autor do livro de crônicas ‘Todos querem ser Mujica’ (Editora Diadorim)

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