ELEIÇÕES 2022

Mainardi se diz arrependido: “Quebrei a cara com o MBL”

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Ao comentar matéria de O Globo sobre traição a Moro, Diogo Mainardi diz estar arrependido de apoiar o MBL: "Quebrei a cara"

Mainardi (Imagem: Luiz C. Ribeiro/Divulgação)

O colunista Diogo Mainardi, proprietário do portal O Antagnista, escreveu um “mea culpa” no seu site nesta segunda-feira (14) após uma matéria de ‘O Globo’ apontar que o MBL (Movimento Brasil Livre) trabalha nos bastidores para sabotar a candidatura de Sergio Moro à Presidência da República.

“O que posso dizer com certeza é que errei bisonhamente em minha opinião sobre o papel do MBL na campanha de Moro”, escreveu. “Imaginei que eles pudessem ser essenciais para sua candidatura, e escrevi sobre isso mais de uma vez, quebrando a cara”, acrescentou.

“Quebrar a cara faz parte do meu trabalho. Há aqueles que são fáceis porque são pobres. E há também aqueles que são pobres porque não tentam enganar os outros”, concluiu Mainardi, que é entusiasta da candidatura de Moro.

De acordo com ‘O Globo’, o MBL não digeriu bem as declarações de Moro sobre Arthur do Val por conta dos áudios vazados. O ex-juiz da Lava Jato afirmou que o conteúdo das mensagens era ‘criminoso’.

“O discurso [dos bastidores] é o de que a campanha de Moro acabou e que ele busca uma saída honrosa para sair da disputa ao Palácio do Planalto. A versão de membros do MBL é que Moro já procurava um meio de abandonar o pleito, porque sua campanha está desidratada desde antes da crise envolvendo os áudios sexistas de Arthur do Val sobre as ucranianas”, diz trecho da matéria de O Globo.

“Membros do MBL atuavam especialmente na estratégia da Moro nas redes sociais, mas, desde que as gravações do ‘Mamãe Falei’ vieram à tona, as relações nesse campo também cessaram”, acrescenta a matéria.

Nas redes sociais, o deputado Kim Kataguiri tentou colocar panos quentes e reafirmou o apoio a Sergio Moro (Podemos). “Qualquer boato que diga o contrário é mentiroso e será rechaçado por nós”, escreveu. “O MBL é o maior defensor desta que é a principal candidatura da terceira via”.