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Ucrânia diz que já matou pelo menos 3.500 soldados russos

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Além de ter afirmado que já matou milhares de soldados, Ucrânia diz que destruiu 14 aviões, 8 helicópteros e mais de 100 tanques da Rússia

O presidente da Ucrânia (AFP)

O governo ucraniano informou que 3.500 soldados russos foram mortos e outros 200 acabaram presos em confrontos no país. A informação foi passada pelo encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach.

Durante uma entrevista coletiva, o diplomata disse que soldados russos já estão em Kiev, a capital da Ucrânia, além da presença de veículos blindados.

Os ucranianos afirmaram que já destruíram 14 aviões russos, 8 helicópteros, 102 tanques, 536 veículos armados BBM, 15 metralhadoras pesadas e 1 míssil BUK. As informações não foram confirmadas por outras fontes.

O presidente da Ucrânia Volodymir Zelensky anunciou neste domingo (27/02) que o país vai se reunir com uma delegação russa na fronteira entre o território ucraniano e Belarus.

“Acordamos que a delegação ucraniana se reunirá com [oficiais] russos sem condições prévias na fronteira ucraniana-bielorrussa, na área do rio Pripyat”, disse o mandatário em comunicado.

O líder no entanto não precisou o horário que as negociações irão ocorrer, mas afirmou que Alexandr Lukashenko, um aliado do presidente russo Vladimir Putin, “assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, conversas e retorno da delegação ucraniana.

Mais cedo, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que uma delegação russa havia chegado na cidade de Gomel, na Belarus, para iniciar negociações com o lado ucraniano. Peskov disse a jornalistas, segundo informações da agência russa Sputnik News, que “em conformidade com o acordo alcançado, a delegação russa, composta por representantes do Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Defesa e de outros departamentos, incluindo da Administração Presidencial, chegou a Belarus para negociações com os ucranianos”.

O representante russo também havia garantido que a Ucrânia concordou com a realização das negociações em Gomel, embora não houvesse confirmação oficial do lado ucraniano até o momento. O presidente belarusso Aleksandr Lukashenko também havia sinalizado a disposição do país vizinho em dialogar, pedindo ao mandatário russo, Vladimir Putin, não retirar sua delegação da Belarus.

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, havia dito que os representantes de seu país iriam aguardar até às 15h no horário de Moscou (9h, em Brasília) pela confirmação ucraniana quanto ao encontro em Gomel. Conforme Medinsky, “cada hora para nós é uma vida salva”.

Embora a Ucrânia tenha confirmado as negociações, o local do diálogo ainda está incerto. Logo cedo neste domingo, Zelensky acusou Belarus de estar também atacando as cidades do país e disse que não poderia aceitar negociar em Minsk ou Gomel porque o governo não estava neutro no conflito.

“Qualquer cidade neutra está boa para as negociações. Pode ser Varsóvia, Istambul, Baku, mas não Minsk. A Rússia sabe que enviar uma comitiva para Gomel, em Belarus é inútil. Nós queremos negociações reais, não ultimatos”, disse Zelensky.

Por sua vez, Lukashenko disse que o presidente ucraniano “estava mentindo” e que seu país continua sendo neutro no conflito.