Jair Bolsonaro

“Faltou visão de futuro a quem construiu casas em áreas de risco”, diz Bolsonaro

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Bolsonaro lança a pérola mais sórdida do ano ao comentar mortos por enxurrada em São Paulo: "Faltou visão de futuro a quem construiu casas em áreas de risco"

Ao comentar as enxurradas que ceifaram dezenas de vidas em São Paulo nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (01) que faltou “visão se futuro” por parte de quem construiu as residências nos locais de risco. “Muitas áreas onde foram construídas residências faltou obviamente alguma visão de futuro por parte de quem construiu”, observou o presidente.

O comentário do presidente repercutiu imediatamente nas redes. “É sério que ele acha que as pessoas morariam em área de risco por vontade própria? Meu Deus, como esse cidadão, que é um completo sem noção, chegou a Presidência da República?”, questionou uma internauta. “Ah, realmente as pessoas tem um leque de opções e podem escolher melhor”, comentou outra.

Acompanhado de seis ministros, entre eles o da Cidadania, João Roma (Republicanos), e Infraestrutura, Tarcísio Freitas, Bolsonaro sobrevoou as áreas destruídas pelos deslizamentos de terra na região de Francisco Morato por volta das 11h30 e depois se reuniu com prefeitos dos municípios afetados. Segundo ele, a visita teve como intuito mostrar o que o governo tem à disposição para amenizar o sofrimento das famílias.

A reunião com os chefes do executivo municipal durou cerca de uma hora e não chegou a um valor exato para a ajuda federal. De acordo com Bolsonaro, os prefeitos vão apresentar as suas necessidades e o governo fará o “possível”.

O ministro Rogério Marinho disse que não irá atender ao ofício enviado pelo governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, solicitando R$ 470 milhões para obras antienchente e serviços emergenciais.

O ministro afirmou que o país tem, hoje, cerca de 26 milhões de habitações irregulares e que a situação não se resolve da noite para o dia. “Temos quase metade das habitações do país irregulares. Não é um problema que aconteceu hoje”.