Polícia Militar

Jovem arrastado em moto da PM: “Errei, mas não merecia ser humilhado”

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Jovem de 18 anos foi detido por ter sido flagrado com maconha. Torturado em via pública por um policial, ele se manifestou pela primeira vez: "Cometi um erro, mas não merecia ser humilhado". Imagens dividiram opiniões nas redes

Imagem: reprodução

O homem que aparece algemado em uma moto da Polícia Militar, sendo obrigado a correr atrás do veículo, se pronunciou após registros desse momento circularem pelas redes sociais, gerando grande repercussão e um debate sobre violência policial no País.

Jhonny Italo da Silva, o jovem de 18 anos afirmou que teve medo de morrer no momento da prisão.

Cometi um erro, mas não merecia ser humilhado“, ele afirmou por meio de um bilhete encaminhado para o Fantástico, que exibiu uma reportagem sobre o caso neste domingo.

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Jhonny respondia em liberdade por tráfico de drogas e foi preso transportando maconha.

Ele segue detido em um centro de detenção provisória no Estado por ter sido pego com maconha após bater sua moto na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, na zona leste da capital paulista.

Procurada pelo Uol, a Polícia Militar afirmou que “imediatamente após tomar ciência das imagens, determinou a instauração de um inquérito policial militar” para apurar a conduta do policial, que não teve a identidade revelada.

Ele foi afastado do serviço operacional durante a investigação. Em entrevista ao UOL na quinta-feira (2), Fábio Costa, advogado de defesa, o policial militar que prendeu o jovem disse que ele iria “correr uma maratona”.

Na última semana, a ONG Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo entraram com uma ação civil pública contra o governo do estado de São Paulo por conta da prisão de Silva.

A reportagem do Terra, conversou ainda com a irmã de Jhonny, Larissa, que também admitiu o erro do irmão, mas reforçou que nada justifica o que ela viu nas imagens.

Não era certo o que ele estava fazendo, mas também não foi certo o que o policial fez com ele“, pontuou a irmã. “Ele estava em um momento precisando de ajuda, e não de ser julgado“.

Com Uol e Terra

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