Barbárie

Amanda Albach mandou áudio para a família antes de ser assassinada

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Depois de gravar a mensagem, Amanda teria sido obrigada a cavar a própria cova. Três pessoas são suspeitas de envolvimento no crime, uma delas amiga da vítima. A jovem deixa uma filha de 2 anos

Amanda Albach

Amanda Albach, de 21 anos, foi encontrada morta em Laguna, em Santa Catarina, na manhã da última sexta-feira (3). A jovem enviou um último áudio para a família no dia 15 de novembro, momentos antes de ser assassinada.

Na mensagem, ela disse que retornaria para o Paraná de Uber. “Oi, eu estou indo embora. Consegui o Uber hoje só para eu ir embora. Já estou indo, de madrugada eu chego”, disse ela.

Depois de gravar a mensagem, Amanda teria sido obrigada a abrir a própria cova. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, um dos suspeitos preso pelo crime disse que a jovem foi morta com dois disparos de arma de fogo, em 15 de novembro.

Três pessoas, uma delas amiga da vítima, foram presas suspeitas de envolvimento no crime na quinta-feira (2). No entanto, duas pessoas foram soltas na tarde desta segunda-feira (6). Apenas o acusado de ter disparado a arma de fogo permanece preso.

A investigação indica que, quando a jovem mandou o áudio, ela já estava com um suspeito no local onde foi morta. Os policiais ainda não revelaram qual o envolvimento dos outros dois suspeitos no crime.

Amanda ficou desaparecida por 18 dias. A denúncia do desaparecimento chegou à polícia catarinense no dia 19 de novembro. Ela estava em Santa Catarina para comemorar o aniversário de uma amiga.

Nas redes sociais, a última publicação da jovem que a polícia encontrou foi do dia 13 de novembro. Amanda foi assassinada no dia 15 de novembro e deixa uma filha de 2 anos de idade.

Suspeitos soltos

Sobre as solturas, a Vara Criminal de Laguna informou por nota que um homem e uma mulher, que era amiga da vítima, foram soltos. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi favorável à revogação das prisões. O processo tramita em segredo de justiça.

Em relação ao outro investigado, que segue preso, o delegado afirmou que as evidências “estão sendo analisadas para comparar com versões apresentadas”.

Quando foi ouvido, o homem que segue preso relatou que levou a vítima até o local onde o corpo foi encontrado enterrado. Também disse que efetuou dois disparos de arma de fogo contra ela. À polícia, o mesmo homem relatou que coagiu a jovem a abrir a própria cova.

“A motivação vai ser apurada com todo o contexto, mas, preliminarmente, um dos investigados se sentiu incomodado porque Amanda teria contado sobre o envolvimento dele com tráfico de drogas e tirado uma foto da arma dele. Não gostou da situação e optou por tirar a vida dela”, disse o delegado Bruno Fernandes, também responsável pela investigação.

A Polícia Civil não divulgou o nome nem a idade dos suspeitos. Segundo delegado Bruno Fernandes, apenas um deles possui antecedentes criminais.