Direita

Manifestantes antivacina chamam vereadoras negras de “empregada” e “lixo”

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Cenas bizarras de invasão na Câmara de Porto Alegre por extremistas de direita viralizaram nesta semana. Grupos antivacinas ostentavam cartazes com os símbolos de suásticas

Imagem: Lucas Leffa

A tarde da última quarta-feira (20) foi marcada pela agressão de vereadores em Porto Alegre. Um grupo de manifestantes antivacina invadiu a casa legislativa e agrediu os políticos, física e verbalmente. Uma mulher que integrava o grupo chamou vereadoras negras de “empregada” e “lixo”, entre elas Bruna Rodrigues (PCdoB), Daiana Santos (PCdoB) e Laura Sito (PT).

A mulher gritava e dizia que ela era uma representante do povo. “Eu sou o povo, eu sou o povo, eu sou o povo e não posso estar aqui? Tu representa a mim. Tu é minha empregada” Como resposta, ela foi chamada de racista por vereadoras.

Nas redes sociais, Bruna Rodrigues lamentou o ocorrido. “Infelizmente, ouvimos hoje aqui na Câmara o que estamos acostumadas a ouvir desde muito tempo. Ser chamada de ‘empregada’, de ‘lixo’ é mais uma manifestação de um racismo que tenta desqualificar a todo momento a nossa chegada na Câmara! Não passarão!

Além de utilizarem símbolos nazistas, os negacionistas que invadiram o plenário hoje de forma violenta, praticaram crime de racismo contra mim e as vereadoras Bruna Rodrigues e Laura Sito“, denunciou Daiana Santos, ao compartilhar o vídeo.

Laura Sito, por sua vez, garantiu que as vereadoras irão atrás de justiça contra a manifestante. “Porto Alegre nos elegeu para representar o povo negro, não aceitaremos racismo e nazismo! Iremos atrás de justiça!

Agressão a vereadores

Na tarde desta quarta-feira (20), membros de um movimento antivacina invadiram a Câmara de Porto Alegre e agrediram vereadores. O caso aconteceu quando os políticos votavam o veto do prefeito da cidade, Sebastião Melo (MDB), ao passaporte de vacinação.

A apresentação do comprovante de vacinação é uma determinação estadual no Rio Grande do Sul, aprovada por Eduardo Leite (PSDB), e vale desde a última segunda-feira (18).

O grupo antivacina tinha cartazes, entre eles um com uma suástica, símbolo nazista, e houve relatos de agressões. De acordo com o jornal Zero Hora, um vereador chegou a ser mordido.

Assista ao vídeo:

Anita Efraim, Yahoo

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