ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro diz que, com voto eletrônico, cenário no Brasil em 2022 será “pior que nos EUA”

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Em tom de ameaça, Bolsonaro afirma que em 2022 será pior que nos EUA caso não haja voto impresso no Brasil. Presidente brasileiro voltou a defender Donald Trump

Bolsonaro (Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer, nesta quinta-feira (7), que houve fraude nas eleições do Brasil e dos Estados Unidos.

Sem provas, o presidente disse que nos EUA até mortos votaram e que se a eleição de 2022 for eletrônica a situação no Brasil será ainda pior. As declarações foram dadas a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

“O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. A causa dessa crise toda foi a falta de confiança no voto. Houve gente lá que votou três, quatro vezes. Foi uma festa lá. Mortos votaram [contra Trump]. Ninguém pode negar isso”, disse o presidente um dia após apoiadores de Donald Trump invadirem o Congresso americano numa tentativa de golpe de estado.

“Aqui no Brasil, se tivermos voto eletrônico em 2022, vai ser a mesma coisa ou vamos ter problema pior que nos Estados Unidos”, ameaçou o presidente.

O voto pelos correios criticado por Bolsonaro não se repete no modelo brasileiro, que adota as urnas eletrônicas —elas foram utilizadas pela primeira vez em todo o país no ano 2000.

Em março de 2020, Bolsonaro chegou a prometer mostrar provas “brevemente” de fraude na eleição de 2018 —ele disse que deveria ter sido eleito no primeiro turno, e não no segundo.

“Eu acredito, pelas provas que eu tenho nas minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu fui eleito em primeiro turno”, afirmou Bolsonaro na ocasião. “Nós temos não apenas uma palavra, nós temos comprovado. Nós temos de aprovar no Brasil um sistema seguro de apuração de votos”, disse.

Quase um ano depois, porém, Bolsonaro nunca apresentou nenhuma evidência.

Caos nos EUA

Na quarta-feira (6), a sessão de certificação do resultado da eleição americana, que teve a vitória de Joe Biden, foi interrompida quando uma multidão inflamada pelo presidente Donald Trump invadiu o Capitólio.

Ao contrário de outros governos, que condenaram o episódio, a administração brasileira não se manifestou. Nesta quinta-feira (7), Bolsonaro comentou a situação dos EUA com apoiadores no jardim do Palácio da Alvorada.

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