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Motorista de ônibus é agredido em BH após exigir uso de máscara

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Passageiro agride motorista de ônibus em BH após ser comunicado sobre a obrigatoriedade do uso de máscara

Motorista de ônibus é agredido por passageiro que foi cobrado por estar sem máscara

Motoristas de ônibus em todo o Brasil estão sofrendo violência ao exigir que os passageiros usem máscaras dentro dos veículos. Em Belo Horizonte, dois casos terminaram em agressões físicas. Em um dos casos de violência, o condutor levou soco de um passageiro que se negou a usar a proteção.

De acordo com Paulo César da Silva, presidente do STTR-BH, as ameaças têm ocorrido com frequência. “Ameaça do tipo: ‘Chegando lá no final você vai ver’, ‘Amanhã você tá aqui de novo’, ‘Olha, olha, motorista, sabe com quem você tá mexendo?’ Sem contar alguns palavrões também que são proferidos por quem não quer usar o equipamento”, detalhou o presidente do sindicato.

A maioria das pessoas que circulam pelas ruas usa o transporte coletivo. Dentro do ônibus, o espaço é limitado, a possibilidade de aglomeração é maior. Mas nem todos têm essa consciência. Os rodoviários reclamam que está difícil trabalhar.

O Sindicato dos Rodoviários de BH (STTR-BH) já registrou a morte de um motorista de ônibus na capital por coronavírus. Cinco profissionais da mesma empresa testaram positivo para a doença.

O presidente do sindicato dos rodoviários fez um apelo para que a população ajude, denunciando à Guarda Municipal ou à Polícia Militar os casos de agressão ou de descumprimento das regras sanitárias. E lembra que, a partir do momento em que está dentro do ônibus, o passageiro corre os mesmos riscos do motorista ou de qualquer outra pessoa sem proteção.

“Você não sabe quem é que tá contagiado. Estamos todo mundo correndo risco. No momento que nós estamos vivendo, é todo mundo lutar pra gente sair dessa pandemia o mais rápido possível ou controlar essa disseminação que tá assustadoramente não só no nosso município como o estado todo”, finalizou Paulo César.

O uso de máscaras é fundamental para evitar a contaminação pelo novo coronavírus e frear o aumento no número de casos. Em Belo Horizonte, seu uso é obrigatório desde 22 de abril e passou a valer multa em caso de descumprimento desde terça-feira (14/7).

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