Saúde

Enfermeiro se despede antes de ser entubado: “Quero rosas brancas no meu caixão”

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"Quero rosas brancas no meu caixão", disse profissional de saúde de 22 anos antes de ser entubado por conta do coronavírus. Mãe revela que filho já sabia que não resistiria

Klediston Kelps se despediu antes de ser entubado

Klediston Kelps, de 22 anos, morreu vítima de coronavírus no último sábado (25) em Primavera do Leste (MT). O jovem era técnico de enfermagem e cursava o último período na universidade de Enfermagem.

O quadro de saúde de Klediston se agravou no dia 18 de julho e ele precisou ser internado na UTI. Elisângela da Silva Faria, mãe do jovem, conta que no dia em que seria entubado ele mandou mensagem para a família dizendo que poderia não resistir. Na mensagem à mãe, o jovem disse que, caso fosse a óbito, gostaria de ter flores brancas e uma vermelha no caixão dele.

“Eu perdi a coisa mais preciosa da minha vida. Ele era uma luz para mim e na hora em que ele morreu, antes mesmo de saber, eu senti meu filho indo embora”, desabafa a mãe.

Elisângela contou que não pôde realizar o desejo do filho, já que, por causa da doença, não houve velório e o sepultamento foi feito com o caixão lacrado. No entanto, a mãe levou as flores pedidas pelo filho até o local em que ele foi enterrado.

“Ele dizia que queria seguir meu passos e que por isso tinha escolhido a enfermagem. Mas também dizia que não queria parar por ali, sonhava em terminar o curso e se tornar enfermeiro e depois estudar ainda mais, até chegar ao doutorado. Meu filho era muito dedicado em tudo que fazia. Ele estudou muito para passar no concurso do local em que trabalhava. E estudava ainda mais”, relata.

A família do técnico em enfermagem acredita que ele foi contaminado pela Covid-19 durante os plantões no trabalho. Klediston havia pegado dengue semanas antes. Por causa disso, o sistema imunológico já estava debilitado.

“Ele me mandava mensagem, estava sofrendo. As enfermeiras me falavam que ele rolava de dor”, lembra. Apesar disso, a mãe conta que ainda tinha esperanças e esperava pela saída do filho, mas notou que nos últimos dias de vida, ele estava se sentindo mais cansado e sem forças.

A prefeitura da cidade de Primavera do Leste lamentou a morte do jovem e disse que no trabalho ele era dedicado, atencioso e cuidadoso.

Elisângela levou as rosas que o filho pediu no outro dia

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