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Após prometer manter quadro, dono do Madero demite 600 funcionários

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Dono do Madero, empresário bolsonarista disse, ao defender o fim do isolamento social, que estava preocupado com os mais necessitados: “A minha empresa tem recursos para passar seis meses parada. Não estou preocupado comigo”. Demissão de 600 funcionários desmascara a farsa

(Junior Durski/Facebook)

O empresário Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero e colecionador de jatinhos, havia afirmado em vídeos publicados em sua conta no Instagram, que seus funcionários não seriam demitidos durante a crise causada pelo coronavírus. Apesar disso, a rede Madero demitiu nesta quarta-feira (01), 600 funcionários. A informação foi publicada pelo Estadão.

Também ao Jornal, o empresário confirmou a demissão e justificou afirmando que todos os funcionários eram de equipes dos projetos de expansão da empresa, que previa lançar mais 65 unidades em 2020, plano que foi abortado com a crise.

Ao Estadão, Durski justificou que a maioria dos demitidos eram recém contratados que estavam em período de treinamento.

“A minha empresa tem condições, recursos e caixa para passar três, quatro, cinco ou seis meses parada. Não estou preocupado comigo, já disse que manterei o emprego dos nossos empregados. Estou preocupado com o Brasil, com o pequeno empresário, com o vendedor de pipoca, com quem tem um restaurantinho, um barzinho. Estou preocupado com milhões de pessoas que não terão um emprego em 2021”, havia dito o empresário no vídeo polêmico em que afirmou que quatro ou sete mil mortes não poderiam justificar as paralisações que afetam a economia.

O apoiador de Jair Bolsonaro pediu desculpas no dia seguinte, “se foi mal interpretado”. O sócio do apresentador Luciano Huck também afirmou que se importa e lamenta com cada vida que venha a padecer com a doença e completou dizendo que “não pode ser desproporcional essas medidas para contenção do coronavírus”.

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