Saúde

Coronavírus: Brasil tem 7,2 mil casos em 24h e ultrapassa recorde da Itália

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No momento mais crítico da pandemia na Itália, o país europeu registrou um recorde de 6,5 mil novas infecções em 24 horas. Ainda distante do pico, o Brasil já ultrapassou essa marca. Número de mortos supera os 400 pelo 3º dia seguido. As informações são do Ministério da Saúde

Governo Bolsonaro fracassa no combate ao coronavírus e país tem curva desenfreada de óbitos e contágios

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (30) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. O número total de mortos chegou a 5.901 — 435 nas últimas 24 horas.

O Brasil agora tem 85.380 casos confirmados — 7.218 de ontem para hoje. Segundo o Ministério da Saúde, ao menos 38.564 pacientes estão em acompanhamento e 1.452 óbitos seguem em investigação.

No momento mais crítico da pandemia na Itália, o país registrou 6.557 novos diagnósticos no dia 21 de março. Com 7.218 novos casos neste 30 de abril, o Brasil ultrapassa a marca italiana — e especialistas alertam que ainda estamos longe do pico.

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O balanço do mês de abril, que começou com 6.931 casos confirmados no Brasil e 244 óbitos, mostra que a doença está em expansão. São Paulo, epicentro da covid-19 no país, está com 28.698 casos confirmados da doença e 2.375 mortes. Só na capital paulista, em três dias, o número de notificações diárias saltou de 812 para pouco mais de 3.400.

Por conta desse alto ritmo de contágio, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, informou nesta manhã que o prefeito Bruno Covas (PSDB) vai ampliar a quarentena na cidade além de 10 de maio, prazo final das restrições.

No Rio de Janeiro, que está com mais de 2 mil funcionários da saúde contaminados e filas de espera de mil pessoas para vagas em UTI, o governador Wilson Witzel (PSC) está avaliando decretar “lockdown”.

Apesar do trágico cenário, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou ontem que “ninguém sabe” quando será o pico da doença no país, nem se ela chegará ao mesmo tempo em todos os estados.

Segundo o chefe da pasta, a falta de informações sobre o número real de pessoas infectadas, de óbitos e de testes realizados prejudica o combate à pandemia. “Sem informações, o distanciamento social é a única certeza que temos por enquanto”, disse em interrogatório no Senado.

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