Saúde

Remédio cubano é usado para combater coronavírus e vacina está em desenvolvimento

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Desde 25 de janeiro, a China passou a utilizar um medicamento cubano no combate ao coronavírus. Trata-se do antiviral Interferón alfa 2B recombinante (IFNrec). As informações são do jornal O Globo.

O medicamento cubano é utilizado pela China nos tratamentos aplicados aos afetados pela pandemia do coronavírus. O remédio já foi aplicado em milhares de pacientes do país asiático.

A fabricação do medicamento é feita pelo grupo BioCubaFarma em um laboratório localizado na cidade chinesa de Changchun, na província de Jilin. O laboratório é fruto de uma cooperação entre Cuba e China na matéria de biotecnologia.

“O interferon alfa 2B tem a vantagem de que, em situações como essa, é um mecanismo para se proteger, seu uso impede que pacientes com a possibilidade de agravar e complicar cheguem a esse estágio e, finalmente, tenham a morte como resultado”, disse Luis Herrera Martínez, consultor científico e comercial do grupo de negócios BioCubaFarma.

O grupo BioCubaFarma trabalha também no projeto de desenvolvimento de um outro antiviral cubano específico contra o coronavírus, o cigb 210. Além disso, Cuba está em processo de criação de uma vacina que será, futuramente, enviada à China para análise. Caso tenha a eficácia comprovada, a vacina pode salvar o planeta da pandemia.

OMS

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), possíveis vacinas e alguns tratamentos medicamentosos específicos estão sob investigação. “Eles estão sendo testados através de ensaios clínicos. A OMS está coordenando esforços para desenvolver vacinas e medicamentos para prevenir e tratar a Covid-19.”

A OMS afirmou que há pelos menos 20 vacinas sendo elaboradas em diferentes partes do mundo e que a cada dia “estamos mais perto de uma vacina e de tratamentos eficientes para conter o coronavírus”.

“As maneiras mais eficazes de proteger a si e aos outros contra a Covid-19 são limpar frequentemente as mãos, cobrir a tosse com a curva do cotovelo ou tecido e manter uma distância de pelo menos 1 metro (3 pés) das pessoas que estão tossindo ou espirros.”

Primeiros casos em Cuba

Três turistas italianos testaram positivo para o novo coronavírus em exames efetuados pelo Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK), de Havana, tornando-se, assim, os primeiros casos de covid-19 em Cuba. Esses são os primeiros casos registrados na ilha caribenha. No entanto, nenhum cubano até agora apresentou a doença.

A confirmação veio após quatro turistas italianos, da região de Lombardia — uma das mais afetadas pela doença — apresentarem dificuldades respiratórias. Eles estavam hospedados em um hostal da cidade de Trinidad (cidade a 315 km a sudeste da capital) e haviam chegado há poucos dias pelo Aeroporto Internacional José Martí, de Havana.

Com os sintomas, os quatro foram levados imediatamente para o IPK. Na noite desta quarta (11/03), três deles testaram positivo. Eles estão sendo atendidos pelo sistema de saúde da ilha. O estado dos italianos, de acordo com as autoridades cubanas, é “favorável”.

O governo de Cuba afirma que estão sendo feitas ações de vigilância e controle epidemiológico de todas as pessoas que estiveram em contato com os doentes. Havana diz que estão todos assintomáticos.