Saúde

Covid-19 – Sars-Cov-2 – Extinção de Humanos?

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Pesquisas apontam que o ser humano provoca no momento o sexto espasmo de extinção em massa de espécies no Planeta, mas e a nossa espécie? Seremos extintos?

Imagem: Pixabay

Dr. Julio Cesar Rosa*, Pragmatismo Político

O ser humano polui o ar que respira, envenena a água que bebe e degrada o solo que fornece alimento. Intervenções antrópicas no meio ambiente provocam degradações nos ecossistemas – aquecimento global, desmatamentos, queimadas, desertificações, alagamentos, verões escaldantes etc., que favorecem o contato entre seres humanos e animais silvestres.

O tráfico de fauna, a caça ilegal, o aprisionamento de animais selvagens, o consumo de certas espécies, a coleção de organismos exóticos, entre outros, se constituem fatores associados às zoonoses, entre elas, o Covid-19 – Sars-Cov-2, resultando em perdas de vidas humanas e redução de biodiversidade que é essencial para própria manutenção da vida.

Coronavírus pertence à ordem Nidovirales e a família Coronaviridae. Há uma cadeia de vários vírus que podem infectar humanos e outros organismos – felinos, dromedários, cães, roedores, cobras, morcegos e outros animais silvestres. Geralmente, vírus são parasitas especializados – uma espécie de vírus parasita célula de um único hospedeiro ou ainda de poucas espécies diferentes.

Urge a necessidade de mudar o atual sistema político-econômico para defesa dos ecossistemas silvestres e urbanos, portanto, ações urgentes e eficazes para não comprometer as gerações futuras – controle da poluição, segurança alimentar, ERRADICAÇÃO da POBREZA, energia limpa, produção e consumo sustentáveis, e no momento isolamento e testes em massa para detectar o Sars-Cov-2, estão entre os fatores essenciais.

Em curso temos a Agenda 2030 que é um plano de ação para o Planeta e para os indivíduos. Há 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que poderão resguardar a biodiversidade, o Planeta e libertar a raça humana da tirania da pobreza e da penúria.

A gestão soberana de Governantes em CADA país é uma FALÁCIA. As MULTINACIONAIS através da Globalização controlam os países e exploram os recursos naturais e os recursos humanos, desta maneira, concentram renda e democratizam os contaminantes do ar, da água e do solo, resultando em graves problemas sociais associados às mortes precoces e evitáveis, uma vez que o estado de miserabilidade de cerca de 90% da população mundial é significativo, privando o acesso dos cidadãos a saúde, a educação, ao saneamento básico, a alimentação, ao lazer, entre outros importantes fatores.

Todos os ecossistemas do Planeta estão interligados, um bom exemplo é a PANDEMIA pelo coronavírus que teoricamente emergiu na China e circula pelos continentes. Outro exemplo são as formações das altas nuvens na Floresta Amazônica que dependem dos sedimentos provenientes do deserto do Saara na África que atravessam o oceano Atlântico por mais de 5 000 km. Observando essas relações planetárias podemos entender mais claramente que é vital para manutenção da própria vida que todos os governantes e empresários encontrem meios através de parcerias para os cumprimentos dos 17 ODS. O acúmulo de capital pelos grandes grupos econômicos está associado à barbárie – escravidão, genocídio, entre outros fatores do passado e do presente. Até quando permitiremos milhares de mortes diárias por causas evitáveis?

A saga da vida começou há bilhões de anos, através da evolução. Há cerca de 3,5 bilhões de anos surgiu a vida no planeta através de organismos unicelulares primitivos. No Triássico há 225 milhões de anos apareceram os dinossauros e os primeiros mamíferos.

A mais famosa extinção em massa ocorreu no Cretáceo, quando os dinossauros de repente faleceram, junto com uma enorme variedade de outras espécies. Há evidências que o responsável pela catástrofe foi o impacto de um corpo cósmico.

Os primatas surgiram há 25 milhões de anos e os primeiros precursores do homem há 1 milhão de anos. O Homo sapiens possui uma incrível capacidade cerebral com um crânio com cerca de 2000 centímetros cúbicos. Um cérebro pensante, capaz de compreender boa parte dos mistérios do universo, de criar arte, comunicação sofisticada, tecnologia, mas paradoxalmente, também capaz de provocar impactos ambientais, miséria e pandemias.

Nos últimos 500 milhões de anos ocorreram cinco grandes catástrofes nos períodos geológicos: Ordoviciano, 440 milhões de anos atrás; Devoniano, 365 milhões de anos, Permiano, 245 milhões de anos, Triássico, 210 milhões de anos e Cretáceo, 66 milhões de anos.

As espécies que vivem atualmente representam menos de um centésimo de 1% de todas as espécies que já viveram no Planeta segundo registros paleontológicos.

Pesquisas apontam que o ser humano provoca no momento o sexto espasmo de extinção em massa de espécies no Planeta, mas e a nossa espécie? Seremos extintos? Provavelmente, sim! Há algumas reflexões nesse sentido – impacto de um corpo cósmico; guerra nuclear; concentração de renda nas mãos de menos de 1 % da população mundial; degradação da biosfera; inteligência artificial; mudanças climáticas; redução de biodiversidade; PANDEMIA. Será?

Importante ressaltar que a CASA é uma única – a Terra, portanto todas as reflexões estão associadas.

*Dr. Julio Cesar Rosa é doutor em Saúde Pública – USP e professor do Instituto Caminhos na Mata

Fontes:

https://ipbes.net/
https://www.bpbes.net.br/
https://www.oxfam.org/en
https://www.ipcc.ch/
https://www.who.int/
http://caminhosnamata.wixsite.com/caminhosnamata/blog-1

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