Mulheres violadas

Homem tortura ex-mulher e a obriga a comer fezes

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Homem que não aceitava o fim do relacionamento tortura ex-mulher durante 5 horas e obriga a vítima a comer fezes. Agressor fez áudios e vídeos pelo celular e enviou para familiares dela

Imagens e provas das agressões estão sob posse do Ministério Público do Pará

Márcio Cruz da Conceição, de 19 anos, torturou durante cinco horas a sua ex-namorada no distrito de Icoaraci, em Belém do Pará. O crime aconteceu no dia 23 de junho, mas o homem só foi preso na última terça-feira (2).

Durante a sessão de tortura, a vítima foi obrigada a comer fezes de animais e ainda teve o cabelo raspado com uma navalha. O agressor estava inconformado com o fim do relacionamento.

O Ministério Público do Pará (MPPA) pediu a prisão de Márcio depois de ouvir o depoimento da vítima e analisar o material entregue.

O crime aconteceu na casa de Márcio. A jovem foi convidada por ele para almoçar na residência e, chegando lá, o homem tentou reatar a relação.

A vítima não demonstrou interesse e passou a ser brutalmente agredida com uma barra de ferro. Além de comer fezes de animais e ter o cabelo raspado, a mulher teve o rosto e o couro cabeludo cortados.

Márcio ainda fez um corte na testa da vítima em forma de “M”, em alusão a inicial de seu nome. No final da sessão de tortura, ele gravou vídeos e áudios e encaminhou para os familiares da jovem.

“Eu só não te matei mesmo, vagabunda, porque tua vida vale menos que merda e minha liberdade, sua rata”, diz o agressor em um dos registros.

O criminoso encontra-se preso no Centro de Triagem Metropolitana II (CTM II), da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), em Marituba. Ele pode responder por tentativa de feminicídio.

Feminicídio no Brasil

A palavra “feminicídio” se refere ao assassinato de mulheres e meninas por questões de gênero, ou seja, em função do menosprezo ou discriminação à condição feminina.

No entanto, isso não indica que toda mulher assassinada é vítima de feminicídio. Trata-se de um crime de ódio, no qual a motivação da morte precisa estar relacionada ao fato de a vítima ser do sexo feminino.

Atualmente, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH). O país só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres.

Em comparação com países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia.

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