Redação Pragmatismo
Política Externa 15/Mai/2019 às 09:56 COMENTÁRIOS
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Eduardo Bolsonaro quer bomba atômica para "Brasil ser mais respeitado"

Publicado em 15 Mai, 2019 às 09h56

Eduardo Bolsonaro (PSL) defende que Brasil possua bombas nucleares. Para o filho do presidente, país seria levado mais a sério se tivesse poder bélico maior

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Eduardo Bolsonaro (Imagem: Ueslei Marcelino, Reuters)

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) defendeu que o Brasil passe a produzir ou comprar armamentos nucleares para ser mais respeitado mundialmente. De acordo com o filho do presidente, o país seria levado “mais a sério” caso tivesse um “poder bélico maior.”

“É como Trump fala: um grande governo começa com grandes Forças Armadas. Se tivéssemos um efetivo maior, um poder bélico maior, talvez fossemos levados mais a sério pelo Maduro, ou temido quem sabe pela China ou pela Rússia”, declarou o deputado, durante uma palestra a alunos do curso superior de Defesa da Escola Superior de Guerra, realizada na Câmara.

Eduardo Bolsonaro é o atual presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. O Brasil assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) durante o governo Fernando Henrique Cardoso. “É um tema muito complicado, mas eu acredito que pode um dia voltar ao debate aqui, resgatando as falas de Enéas Carneiro [deputado falecido]”.

“Eu sou entusiasta dessa visão. Pouco me importa, vão falar que eu sou agressivo ou que eu quero tocar fogo no mundo. Mas de fato, por que o mundo inteiro respeita os Estados Unidos? É o único país que têm condições de abrir duas frentes militares, duas guerras em qualquer lugar do mundo”, acrescentou o parlamentar.

Não é a primeira vez que o filho do presidente Jair Bolsonaro fala em defesa da manutenção de armas nucleares. Em 2016, ele abordou o assunto em um vídeo nas redes sociais.

O ex-deputado Enéas Carneiro, morto em 2007, defendia que o Brasil desenvolvesse uma bomba atômica para que o país se impusesse diante da comunidade internacional.

Bomba nuclear

A bomba nuclear é um dispositivo explosivo que deriva sua força destrutiva das reações nucleares, tanto de fissão (conhecida como bomba atômica) ou de uma combinação de fissão e fusão (conhecida como bomba termonuclear). Ambas as reações liberam grandes quantidades de energia a partir de quantidades relativamente pequenas de matéria.

Uma arma termonuclear moderna, pesando pouco mais de 1,1 quilograma, pode produzir uma força explosiva equivalente à detonação de mais de 1,2 milhão de toneladas de TNT.

Mesmo um pequeno dispositivo nuclear não muito maior do que bombas tradicionais, pode devastar uma cidade inteira através da gigantesca explosão e por incêndios e radiação subsequentes. As armas nucleares são consideradas armas de destruição em massa e seu uso e controle têm sido um dos principais focos da política de relações internacionais desde a sua criação.

Apenas duas armas nucleares foram utilizadas durante uma guerra: quando os Estados Unidos bombardearam duas cidades japonesas no fim da Segunda Guerra Mundial. Em 6 de agosto de 1945, uma bomba de fissão de urânio cujo codinome era “Little Boy” foi detonada sobre a cidade japonesa de Hiroshima.

Três dias depois, em 9 de agosto, um tipo de bomba de fissão de plutônio, de codinome “Fat Man”, explodiu sobre a cidade de Nagasaki, no Japão. Estes dois ataques resultaram na morte de cerca de 200 mil pessoas — a maioria civis — por causa dos graves ferimentos decorrentes das explosões e da radiação.

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