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Deputada do PSL chora e diz que tem medo de morrer

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Aos prantos, deputada do PSL diz temer que ministro do Turismo arme ‘acidente provocado’ contra ela. Alê Silva já afirmou à Polícia Federal ter sido alvo de ameaça de morte

Deputada Alê Silva (PSL) / Reprodução

A deputada Alê Silva, do PSL de Minas Gerais, afirmou temer sofrer um “acidente provocado”, causado por pessoas próximas a Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo do governo Bolsonaro. As informações são da coluna de Guilherme Amado, da Revista Época.

“A gente fica preocupada, né? Fica cismada. A gente pensa: ‘Poxa vida, a pessoa é superpoderosa, estou aqui muito perto’. Não sei… Tem pessoas difíceis que andam ao redor dele [Marcelo Álvaro]. Para dar uma ordem, para fazer qualquer coisa, um acidente provocado… Claro que a gente fica preocupada”, disse a parlamentar.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo no último sábado (13), a deputada admitiu que foi alvo de uma ameaça de morte. Ela confirmou a informação em depoimento oficial à Polícia Federal. Alê Silva disse ainda que conversou com Hamilton Mourão e o vice-presidente a aconselhou a “manter-se calma”.

Apesar de não contar com o apoio do presidente do PSL, Luciano Bivar, Silva disse pretender continuar na legenda. “Eu acordei a tempo. Minha única esperança é que um dia Bolsonaro acorde, porque está criando uma cobra do lado dele”, afirmou a deputada, que acredita que o presidente não sabe das falcatruas do seu ministro.

VÍDEO:

Proteção

A Procuradoria e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados farão uma reunião nesta semana para estudar medidas de proteção à deputada Alê Silva (PSL-MG). Ela denunciou um esquema de candidaturas de laranjas comandado em Minas Gerais pelo ministro do Turismo.

O caso, que envolve o uso de laranjas pelo PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, foi revelado pela Folha de S.Paulo em fevereiro.

Para a deputada Jandira Feghali, líder da minoria na Câmara, a denúncia de Alê Silva é grave e a Casa precisa adotar medidas para protegê-la. “Acho que qualquer denúncia contra uma mulher e, particularmente, uma parlamentar assume uma gravidade enorme, porque ela é uma representante política”, afirmou.

O episódio é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público em Minas Gerais e em Pernambuco. A denúncia levou à queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou o partido nacionalmente em 2018.

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