Polícia Militar

Sushiman que ameaçou clientes levou 4 tiros pelas costas

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Laudo revela que sushiman foi morto pela PM com 4 tiros pelas costas. Leandro Santana, de 26 anos, teria ameaçado esfaquear clientes e funcionários, mas história ainda é repleta de perguntas sem respostas

(Imagem do salão do restaurante JAM, em São Paulo)

Leandro Santana dos Santos, de 26 anos, foi morto na última quarta-feira (21) no restaurante Jam, no Itaim Bibi, em São Paulo.

O sushiman teria tentado esfaquear clientes e funcionários. A polícia foi acionada e o homem acabou assassinado.

O laudo necroscópico. divulgado nesta segunda-feira (26) mostra que Leandro foi morto com quatro tiros pelas costas.

“O laudo necroscópico apontou o que a família da vítima já tinha avisado e veiculado na imprensa: que os tiros que o atingiram, atingiram pelas costas. Foram quatro tiros”, disse o delegado Fábio Pinheiro Lopes, responsável pelo caso.

A Ouvidoria da Polícia informou nesta segunda que cobra uma apuração rigorosa Polícia Civil e da Corregedoria da PM para avaliar a conduta dos policiais envolvidos na morte de Leandro.

O boletim de ocorrência foi registrado como homicídio “decorrente de oposição à intervenção policial”, resistência e lesão corporal.

“Esse inquérito está sendo feito para apurar circunstâncias da morte desse sushiman e as circunstâncias que se deu a intervenção policial: se os policiais militares agiram em legítima defesa e se não houve nenhum tipo de excesso por parte deles”, afirmou o delegado.

“A gente está aguardando a chegada dos demais laudos e a oitiva das testemunhas e das eventuais vítimas”, continuou o delegado.

Perseguições e bullying

A polícia quer saber de colegas de trabalho e parentes do sushiman, se Leandro surtou porque sofria ameaças, perseguições ou bullying no restaurante.

A confusão começou por volta das 23h da quarta-feira passada. Testemunhas disseram que 50 pessoas jantavam no Jam quando Leandro segurou o colega que estava na cozinha e o ameaçou com uma faca.

“Cheguei até a pia para começar a lavar a mão pra ir embora, ele me agarrou, me deu uma gravata por trás e já colocou a faca no meu pescoço”, disse o cozinheiro ferido, que pediu para ter a sua identidade preservada.

“Ele foi me arrastando, puxando pra fora do sushi bar e me levou pro salão, pediu pra todo mundo se afastar. Quem chegava perto, ele apontava a faca para sair de perto.” O surto de Leandro assutou funcionários do restaurante, que disseram que o sushiman era sempre quieto e reservado.

Quando a polícia chegou, Leandro soltou o funcionário. A investigação vai apurar, por exemplo, se o emprego da pistola foi necessário já que Leandro estava sozinho, sem reféns, quando foi encurralado pelos PMs.

Leandro foi atingido por balas de pistola .40. Foram encontradas perfurações nas nádegas e perto da lateral do corpo.

Em nota, o restaurante Jam lamentou a morte do funcionário, que trabalhava há sete anos no local: “Que sua alma descanse em paz”. Leandro deixa uma filha de sete meses.

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