Homofobia

Líder LGBT tem as partes íntimas mutiladas na Bahia

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Líder LGBT é morto na Bahia e tem a genitália mutilada durante o crime. População local está inconformada, já que ativista era muito querido na região por causa de suas ações sociais. Deputado cobra apuração

“Marquinhos Tigrezza” foi brutalmente assassinado na Bahia

Marcos Cruz Santana, de 40 anos, foi encontrado morto na madrugada do último, 18, na cidade de Itororó (BA). A vítima teve a genitália mutilada durante o crime e seu corpo apresentava diversas perfurações de faca.

Ativista LGBT e de causas sociais, Marcos era muito querido pela comunidade. A vítima era popularmente chamada de “Marquinhos Tigrezza”. Segundo a polícia, a motivação e a autoria do crime ainda são desconhecidas.

Presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira disse que a morte do líder LGBT “é a mais concreta expressão da homofobia”, devido ao requinte de crueldade, caraterístico de crimes desta natureza.

Cerqueira, que era amigo pessoal de Marcos, afirmou ainda que solicitou o apoio da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) para apurar o crime. Marcelo acredita que três homens teriam seduzido a vítima, torturando e matando-a em seguida.

“Estes crimes ocorrem devido à impunidade, uma vez que os agressores, quando presos, não ficam por muito tempo na cadeia”, salienta ele.

O presidente do GGB ainda destacou que Marcos era uma pessoa boa e que ajudava a população em geral. Ele acredita que o crime teria sido cometido por homofobia, quando um LGBT é morto em razão de sua orientação sexual ou condição de gênero.

Apuração

O deputado Rosemberg Pinto (PT) solicitou ao delegado regional do Médio Sudoeste, Roberto Júnior, agilidade na apuração da morte do ativista LGBT.

“Marcos era uma pessoa muito querida em Itororó. Ao mesmo tempo em que me solidarizo com as pessoas de bem de Itororó, com os familiares de Marcos, já cobrei da Secretaria de Segurança Pública uma apuração rigorosa para esclarecermos o mais rápido possível esse crime bárbaro”, afirmou o deputado.

“Marcos Tigrezza”, como era conhecido, presidia a Associação dos Movimentos Parceiros e Amigos da Saúde e Direitos Humanos das Minorias Sexuais e organizava a Parada LGBT do município de Itororó.

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