Mulheres violadas

Ela teve as mãos decepadas pelo marido e agora pede ajuda para adquirir próteses

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Brasileira que teve as duas mãos decepadas pelo marido faz campanha para adquirir próteses. O homem alegou que estaria "sendo traído" pela esposa e, por isso, sentiu-se no direito de cometer tamanha atrocidade

(Reprodução)

Em 2017, Geisiane Buriola da Silva, de 32 anos, teve as duas mãos decepadas pelo marido com um facão na cidade de Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso.

Preso pelo crime, na época Jair da Costa alegou que estaria sendo traído pela esposa e, por isso, sentiu-se no direito de cometer tamanha atrocidade.

Hoje, Geisiane pede ajuda para adquirir próteses, já que não consegue realizar tarefas simples do dia a dia. Varrer a casa, lavar a louça, cuidar dos filhos e até mesmo ir ao banheiro tornaram-se atividades complexas.

Maria Buriola, mãe da vítima, relata as dificuldades enfrentadas pela filha: “Ela se corta com frequência, já queimou os braços várias vezes, porque ela quer ajudar nos trabalhos da casa, não quer ficar parada, mas ainda não se adaptou totalmente”.

Quando o crime aconteceu, Geisiane passou por um longo período de tratamento e permaneceu mais de 20 dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ao deixar o hospital, ela colocou um prótese provisória, porém o material era muito rígido e o equipamente logo quebrou. Agora, a família tenta arrecadar recursos para a compra de uma prótese mais maleável, que permita a execução dos serviços domésticos.

O crime

Jair da Costa decepou com um facão as duas mãos de Geisiane Buriola da Silva. À polícia, ele alegou que saiu para beber com os amigos e quando voltou, encontrou a mulher com outro homem, na sala de casa.

Em seguida, pegou um facão e correu atrás dela. As agressões só pararam quando os vizinhos interviram e seguraram. Jair confessou que a intenção era matá-la. O homem está preso desde então e responde por tentativa de feminicídio.

No entanto, segundo o relato da vítima, o homem estava bêbado e começou a lhe atacar “do nada”. A versão do agressor nunca foi confirmada por testemunhas e também foi desmentida pela Polícia Civil.

“Não deixem de denunciar”

“Eu me arrependo, diria para que elas denunciem”. Este é o conselho dado por Geisiane para as mulheres que sofrem abusos de seus parceiros.

O arrependimento, segundo ela, foi por ter retirado as queixas das agressões que sofria de seu companheiro.

Quem desejar ajudar a família pode entrar em contato através do seguinte telefone: (65) 9 9948-0511.

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