Mídia desonesta

Noblat sugere que pessoas podem morrer caso habeas corpus de Lula seja aceito

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Jornalista da Veja atinge o ápice da calhordice ao sugerir que decisão do STF de não prender Lula significa “provocar os malucos que costumam dar tiros quando não enxergam mais saída”

Ricardo Noblat

Jornalista da Revista Veja, Ricardo Noblat parece inconformado com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que aceitou uma liminar da defesa de Lula para que o ex-presidente não seja preso até a apreciação do seu habeas corpus, em julgamento marcado para o dia 4 de abril.

A decisão estimulou Noblat a escrever um comentário estapafúrdio nas redes sociais. “Essa gente está provocando os malucos. Eles existem por toda parte e costumam dar tiros quando em sua maluquice não enxergam mais saída. Ou simplesmente não entendem o que se passa. Tomara que jamais o façam por aqui – mas quem garante?“, publicou o ex-jornalista de O Globo.

O comentário de Noblat coincide com os recentes ataques sofridos pela caravana de Lula no Rio Grande do Sul. Ver a seguir:

Vaza áudio de milicianos que atacaram caravana de Lula
Homens armados são flagrados tentando atacar caravana de Lula no RS
Mulher agredida por extremistas na frente do filho de 10 anos deixa o hospital

Nesta sexta-feira (23), o ministro Marco Aurélio Mello queixou-se que o Supremo está sofrendo um “patrulhamento sem igual” pelas decisões que toma e disse que a sociedade não pode presumir “que todos sejam salafrários”.

Mello afirmou que está “sendo crucificado” por ter deixado a sessão do STF na quinta-feira (22). “Estou sendo crucificado como culpado pelo adiamento do julgamento do habeas corpus do presidente Lula, porque sou um cumpridor de compromissos”, disse o ministro.

“Vi hoje nos jornais que estou sendo apontado como culpado, por honrar um compromisso que assumi com muita anterioridade, apontado como o causador do adiamento do processo contra o ex-presidente Lula, como se fosse para ontem o julgamento. O Supremo não tem apenas um processo, tem milhares de processos”, disse.

Mello declarou ainda que pediu para excluir duas contas de e-mail e para trocar números de seus telefones, tal era a quantidade de mensagens que lhe foram endereçadas.

“Nunca vi coisa igual. Nos dois endereços na internet, (vinha recebendo) cerca de mil mensagens por dia. E mensagens diferentes, o que revelam que a origem não é a mesma”.

Segundo o ministro, seu voo para o Rio de Janeiro estava marcado para as 19h40 de quinta e ele já havia feito o check-in — Mello chegou a mostrar uma folha durante o julgamento, para provar o que dizia — quando foi colocado em votação o pedido de adiamento da sessão.

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