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The Economist: silêncio de Bolsonaro sobre morte de Marielle tem explicação

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Revista britânica The Economist analisa o silêncio do deputado extremista Jair Bolsonaro diante do assassinato da vereadora Marielle Franco

(Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)

Em matéria que tratou do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada na última semana no Rio de Janeiro, a revista britânica ‘The Economist‘ menciona como “estratégico” o silêncio do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) diante da morte da parlamentar.

“O assassinato de Marielle Franco, e as suspeitas de que a polícia possa estar envolvida, mudou o debate sobre a violência. Jair Bolsonaro nada disse sobre o crime, provavelmente porque sua retórica extremista afastaria eleitores de centro. Um apoio que ele precisará em breve”, afirma.

A revista prossegue sua análise discorrendo sobre o impacto que o fato terá na próxima eleição, em uma clara alusão ao populismo de soluções fáceis praticado por Bolsonaro.

“A resposta militar de Michel Temer à violência começa a soar simplista. O Rio, assim como outras cidades, precisa sanear suas finanças, equipar a polícia e disponibilizar escolas que mantenham os jovens longe do crime. Com sorte, essas são as bandeiras que os eleitores exigirão dos políticos em outubro”.

A ‘The Economist’ fala ainda da repercussão mundial da execução de Marielle. “A execução de Marielle Franco, uma jovem líder dos movimentos gay e negro, reverberou muito além de sua cidade. Em menos de dois dias, sua morte foi tema de 3,6 milhões de menções no Twitter em 34 línguas. Milhares de pessoas marcharam por ela em todo o Brasil”, diz.

Washington Post

Nesta semana, outro grande veículo da imprensa internacional que destacou o assassinato de Marielle Franco foi o The Washington Post.

O jornal afirma que se o caso pretendia “silenciar uma política negra que se elevou rapidamente e que denunciava policiais corruptos, o aparente assassinato de Marielle Franco fez o contrário. Nos últimos dias, a maior nação da América Latina observou com admiração uma figura pouco conhecida fora do Rio, transformada agora em símbolo global da opressão racial.”

O mito de que no Brasil havia uma democracia racial, onde a convivência e direitos entre brancos e negros seria pacífica, foi o ponto de maior destaque da reportagem.

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