Corrupção

Eduardo Cunha é condenado a 15 anos de prisão

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Sergio Moro condena Eduardo Cunha a 15 anos e 4 meses de prisão por crimes na Lava Jato. O ex-parlamentar foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. Cunha está preso desde outubro de 2016

O deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi condenado a 15 anos e 4 meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas.

Responsável por autorizar o processo que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha foi preso no dia 19 de outubro, em Brasília. Desde então, vive Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR).

O ex-parlamentar é acusado pelo Ministério Público de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas secretas na Suíça para lavar o dinheiro. De acordo com a sentença, Cunha recebeu cerca de US$ 1,5 milhão.

Para Sérgio Moro, durante as investigações, “surgiram elementos probatórios de que o caso transcende a corrupção – e lavagem decorrente – de agentes da Petrobrás, servindo o esquema criminoso para também corromper agentes políticos e financiar, com recursos provenientes do crime, partidos políticos”.

Além disso, o magistrado diz em sua decisão que Cunha ainda exerce poder de influência política. “Há risco à instrução, nas ações penais e investigações penais em andamento, e, de uma forma mais ampla, à própria conclusão regular do presente processo, considerando o poder e a influência política do condenado e o comportamento pretérito por ele adotado de turbar procedimentos que poderiam levar a sua responsabilização”, ressalta.

Em suas alegações finais, entre outras coisas, o MPF, afirmou não haver “nulidades a serem reconhecidas”, afirmou que foi provado que “o acusado Eduardo Cosentino da Cunha solicitou e recebeu 1.311.700,00 francos suíços em conta oculta na Suíça e depois os transferiu para outras contas ocultas”, além disso foi comprovado que a origem do dinheiro veio de “contrato de aquisição do Bloco 4 em Benin pela Petrobrás da empresa CBH e que o pagamento era espécie de “pedágio” em troca de apoio ao Governo”.

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