Tragédia

Piloto da Avianca revela diálogo do voo da Chapecoense com a torre de controle

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Piloto da Avianca revela diálogo dramático do comandante do voo da Chapecoense com a torre de controle. Aeronave da Avianca voava muito próximo ao avião da Chapecoense e escutou a última comunicação com os controladores

(Imagens: à esquerda, jogadores da Chapecoense foram fotografados por jornalista sobrevivente antes do voo decolar para Medellín; à direita, o momento em que a caixa-preta do voo acidentado é encontrada)

O copiloto da Avianca Juan Sebastián Upegui relatou ter ouvido a conversa (áudio abaixo) entre o comandante da aeronave da Chapecoense e a torre de controle do aeroporto de Medellín. O avião da Avianca voava próximo ao voo trágico que matou 71 pessoas.

Inicialmente, segundo o copiloto, a tripulação do voo da Lamia, que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas brasileiros, pediu prioridade de pouso do Aeroporto Rio Negro por conta de problemas de combustível.

“Solicitamos prioridade para proceder, solicitamos prioridade para proceder ao localizador, temos problemas de combustível”, teria dito a tripulação da Lamia.

A controladora do aeroporto teria negado a permissão por conta de outro voo da VivaColômbia. Foi então que o comandante do voo da Chapecoense decretou emergência.

“Temos um problema. Temos um avião aterrissando de emergência. Não pode proceder”, respondeu a controladora.

Ainda de acordo com o copiloto da Avianca, a controladora de Rionegro pediu à tripulação do voo da Avianca 9256 que virasse à esquerda, quando o piloto de LaMia passou por eles.

“Quando ele [piloto da LaMia] iniciou a descida, declarou-se em emergência. Começou a dizer que tinha falha elétrica total e pediu vetores [rota mais rápida para aterrissar] para proceder [a descida]. Ajuda, vetores para alcançar a pista, repetiu”, revelou o copiloto da Avianca.

VEJA TAMBÉM: Sobrevivente do voo da Chapecoense explica como se salvou

Posteriormente a torre de controle perdeu o contato com o avião. A controladora ainda tentou por mais um tempo com o avião da Lamia, mas sem sucesso. 71 pessoas morreram no voo que levava a Chapecoense para o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, contra o Atlético Nacional, em Medellín. 6 sobreviveram.

ÁUDIO:

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